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    Quem é Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah que foi morto após ataque de Israel

    Líder integrou movimentos que lutavam contra a ocupação israelense no Líbano

    Da CNN

    O  Hezbollah confirmou, na manhã deste sábado (28), que Hassan Nasrallah, líder do grupo libanês armado, foi morto. Israel já tinha alegado a morte de Hassan após ataque aéreo de sexta-feira (27) em Beirute, no Líbano.

    O Hezbollah é um movimento islâmico apoiado pelo Irã com uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio.

    Saiba mais sobre o líder do Hezbollah abaixo.

    Quem é Nassan Nasrallah?

    Nassan Nasrallah nasceu em 31 de agosto de 1960 em Beirute, no Líbano, e é o mais velho de nove filhos. O pai dele, Abd al-Karim, trabalhava como vendedor.

    Casado com Fatima Yassin, é pai de Muhammad Hadi (falecido em 1997), Muhammad Jawad, Zeinab, Muhammad Ali e Muhammad Mahdi.

    Nasrallah estudou em seminários islâmicos no Irã e Iraque. Ele usa um turbante preto para significar que é descendente do profeta Maomé

    Em 1975, após a eclosão da guerra civil no Líbano, a família Nasrallah deixou Beirute e se mudou para uma vila perto de Tiro, outra cidade libanesa.

    Um ano mais tarde, em 1976, ele se mudou para Najaf, no Iraque, para frequentar um seminário xiita.

    Em 1978, foi expulso do Iraque durante um período de repressão xiita — o presidente Saddam Hussein era sunita — e retornou ao Líbano junto com seu mentor, Abbas Musawi.

    Musawi estabeleceu uma escola religiosa em Baalbeck, onde Nasrallah ensinou e estudou.

    Entre 1978 e 1982 ele integrou movimento xiita Amal durante a guerra civil do Líbano.

    Início do Hezbollah

    Nasrallah organizou um grupo para lutar contra a ocupação israelense do Líbano em 1982. Este grupo eventualmente evoluiu para o Hezbollah.

    Entre 1987 e 1989 estudou em um seminário em Qom, no Irã.

    Em 1991, Abbas Musawi, mentor de Nasrallah, se tornou o secretário-geral do Hezbollah e o atual líder do grupo retornou ao Líbano.

    Líder do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah faz discurso em Beirute • 3/11/2023 REUTERS/Mohamed Azakir

    Em fevereiro de 1992, Nasrallah substituiu Musawi como secretário-geral do Hezbollah. O mentor foi morto por um ataque de helicóptero israelense.

    Em 1997, Muhammad Hadi, filho de Nasrallah, foi morto em um confronto com forças israelenses.

    Guerra de 2006

    Em 12 de julho de 2006, combatentes do Hezbollah invadiram Israel e capturaram dois soldados, dando início a um conflito de 34 dias.

    Em 22 de setembro de 2006, Nasrallah faz sua primeira aparição pública desde o início do conflito em julho, discursando para centenas de milhares de pessoas em Beirute.

    Em 30 de novembro de 2006, em discurso transmitido pela televisão, Nasrallah pediu protestos pacíficos pela renúncia do então primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, e a criação de um governo de unidade nacional.

    No dia seguinte, fontes da área da segurança estimaram que pelo menos 200 mil manifestantes foram às ruas de Beirute.

    Conflito interno

    Em maio de 2008, Nasrallah declarou a ação do governo libanês de fechar a rede de comunicações do Hezbollah “uma declaração de guerra aberta”. Um conflito armado irrompe entre combatentes do Hezbollah e milícias pró-governo.

    Em 21 de maio de 2008, após cinco dias de negociações, representantes da oposição liderada pelo Hezbollah e do governo libanês, apoiado pelo Ocidente, chegam a um acordo que encerra a crise política de 18 meses.

    Combate na Síria e sanções dos EUA

    Durante discurso televisionado em 25 de maio de 2013, Nasrallah reconheceu publicamente que combatentes do Hezbollah estavam lutando na Síria em apoio ao regime de Bashar al-Assad.

    Em dezembro de 2017, se juntou aos apelos por uma revolta palestina após os Estados Unidos reconhecerem Jerusalém como capital de Israel.

    Em 25 de outubro de 2018, o então presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma legislação impondo sanções ao Hezbollah.

    Conhecida como Lei de Emendas de Prevenção ao Financiamento Internacional do Hezbollah, a determinação impôs mais sanções financeiras ao grupo.

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