Quatro mudanças no mundo após a invasão da Ucrânia pela Rússia
Guerra altera a ordem mundial e tem influência global, como segurança alimentar e fornecimento de energia
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Refugiados da Ucrânia chegam a abrigo temporário em Korczowa, na Polônia
Crédito: Sean Gallup/Getty Images - 2 de 19
Refugiados choram e se abraçam após encontrar parentes do outro lado da fronteira da Ucrânia com a Polônia
Crédito: Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images - 3 de 19
Pessoas esperam por refugiados em estação de trem nas proximidades da fronteira entre Rússia e Ucrânia
Crédito: Janos Kummer/Getty Images - 4 de 19
Refugiada ucraniana cruza a pé a fronteira da Ucrânia com a Polônia
Crédito: Attila Husejnow/SOPA Images/LightRocket via Getty Images - 5 de 19
Refugiados acampam perto da fronteira entre a Ucrânia e a Polônia
Crédito: Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images - 6 de 19
Abrigo de refugiados ucranianos na Polônia
Crédito: Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images - 7 de 19
Estação de trem na Polônia registra alto fluxo de refugiados vindos da Ucrânia
Crédito: Agnieszka Majchrowicz/Anadolu Agency via Getty Images - 8 de 19
Pessoas evacuam a cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, no décimo dia da guerra Rússia-Ucrânia em 5 de março de 2022
Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images - 9 de 19
Crianças evacuadas de um orfanato em Zaporizhzhia chegam ao principal terminal ferroviário em Lviv, Ucrânia, no dia 5 de março
Crédito: Dan Kitwood/Getty Images - 10 de 19
Estudantes indianos voltaram da Ucrânia depois da invasão da Rússia; pais e outros parentes se emocionaram ao receber os alunos no aeroporto internacional Índia Gandhi, em Nova Délhi, Índia, no dia 5 de março. Governo indiano amplia a Operação Ganga, uma operação de resgate para evacuar cidadãos indianos
Crédito: Salman Ali/Hindustan Times via Getty Images - 11 de 19
Refugiados que fugiram da Ucrânia estão sendo abrigados em um ginásio esportivo em Zgorzelec, na Polônia
Crédito: Danilo Dittrich/picture alliance via Getty Images - 12 de 19
Pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia encontram abrigo em ginásio esportivo convertido temporariamente em um abrigo, na região de Nowa Huta, em Cracóvia, na Polônia, em 15 de março de 2022
Crédito: Omar Marques/Getty Images - 13 de 19
Refugiados ucranianos cruzam a ponte sobre o rio Tisza, que conecta a Ucrânia com a Romênia
Crédito: Denise Hruby/CNN - 14 de 19
Refugiados e voluntários locais descarregando ajuda vinda da Romênia
Crédito: Denise Hruby/CNN - 15 de 19
Refugiados ucranianos estão sendo acolhidos em centro a dois quilômetros de distância do antigo campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau
Crédito: Reuters - 16 de 19
Rada, 2 anos, alimenta-se em Medyka, Polônia, após deixar a Ucrânia 11/03/2022
Crédito: REUTERS/Fabrizio Bensch - 17 de 19
Ponto de ajuda para refugiados da Ucrânia que foi inaugurado no Estádio Municipal Henryk Reymans. em Cracóvia, na Polônia
Crédito: NurPhoto via Getty Images - 18 de 19
Pessoas retiradas da região de Mariupol, na Ucrânia
Crédito: Foto: Alexander Ermochenko/REUTERS - 19 de 19
Voluntários preparam ajuda humanitária para refugiados em Lviv, Ucrânia
Crédito: 06/03/2022REUTERS/Pavlo Palamarchuk
A invasão da Ucrânia pela Rússia tirou centenas de vidas no campo de batalha e nas cidades ucranianas sob bombardeio. Mas a sua influência é global, afetando desde a segurança alimentar no Cairo até os preços do gás na Califórnia.
Ela colocou em primeiro plano grandes mudanças geopolíticas e alterou a maneira como algumas das instituições mais proeminentes do mundo funcionam.
Aqui estão quatro maneiras que ocorreram no mundo nos 10 dias desde que a guerra retornou à Europa.
Mudança na ordem mundial
A invasão da Ucrânia não inaugurou uma nova era de grandes potências políticas. Ela foi o violento ponto de exclamação que confirmou uma das mudanças mais significativas na ordem geopolítica mundial desde o 11 de setembro.
Nos anos que sucederam o atentado, o terrorismo global consumiu grande parte da atenção dos líderes ocidentais. A Al Qaeda e o Estado Islâmico eram os inimigos que precisavam ser combatidos. O Kremlin não era mais visto como a mesma ameaça de antes – tanto que, em 2012, o presidente Barack Obama zombou do então candidato presidencial Mitt Romney por chamar a Rússia de inimigo geopolítico número um dos Estados Unidos.
A essa altura, Vladimir Putin já havia mostrado que estava disposto a derrubar a ordem pós-Guerra Fria.
O ex-oficial de inteligência da KGB assumiu o cargo em 2000 prometendo restaurar a antiga glória da Rússia, às vezes por meio da força militar. Como primeiro-ministro, em 1999, lançou uma ofensiva na república russa da Chechênia contra guerrilheiros separatistas. Em 2008, o Kremlin invadiu a Geórgia e reconheceu duas repúblicas separatistas no país, que na época se aproximava da Europa.
Mais tarde, o apoio de Putin ao presidente sírio Bashar al-Assad – como um aliado ostensivo na guerra contra o terror – não lhe rendeu benefícios com as democracias ocidentais, principalmente por causa dos relatos verossímeis sobre a decisão do ditador sírio de atacar seu próprio povo com armas químicas. A decisão de Putin de anexar a Crimeia em 2014 e apoiar os separatistas no leste da Ucrânia levou a sanções e foi totalmente condenada. O mesmo aconteceu com as supostas tentativas da Rússia de assassinar seus inimigos em solo estrangeiro.
Mas Putin continuou sendo um importante ator e parceiro, embora desagradável, para líderes de Washington a Varsóvia durante a década de 2010. A Rússia foi fator importante na luta contra o Estado Islâmico; a principal fornecedora de energia da Europa; e ajudou a negociar grandes pactos diplomáticos, como o acordo nuclear de 2015 com o Irã.
A invasão da semana passada pode ter acabado com isso. Depois de um quarto de século do mundo ocidental lidando com Putin, ele pode finalmente ter ultrapassado os limites e se tornado um pária.
Em resposta, o mundo ocidental atingiu a Rússia com sanções sem precedentes que paralisaram suas instituições financeiras, levando sua economia e o rublo a entrarem em parafuso, e atingiram até mesmo Putin e alguns de seu círculo íntimo.
“Putin está agora mais isolado do mundo do que jamais esteve”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, na terça-feira, em seu discurso do Estado da União.
Uma Europa mais unificada
A invasão da Rússia também levou a União Europeia a tomar decisões de segurança que seriam impensáveis há algumas semanas.
Embora o bloco tenha sido por anos um dos atores econômicos mais poderosos do mundo, ele não conseguiu transformar essa força em poder geopolítico equivalente. A UE tem, historicamente, se dividido sobre exatamente quanto controle central Bruxelas deveria ter sobre a política externa. Isso impediu as grandes ambições globais da UE, já que as propostas políticas foram diluídas nas negociações ou simplesmente vetadas.
O pensamento europeu sobre defesa, segurança e relações exteriores evoluiu anos-luz em poucos dias. Agora está despertando de um sonho de décadas de que a estabilidade proporcionada por um mundo interconectado impediria a guerra e que, se o pior acontecesse, os Estados Unidos resolveriam o problema.
Fotos – Guerra da Rússia contra a Ucrânia chega ao 10º dia
- 1 de 133Invasão começou na quinta-feira, 24 de fevereiro, com bombardeios em diversas cidades da Ucrânia. Na imagem, uma explosão ocorre na capital Kiev Crédito: Gabinete do Presidente da Ucrânia
- 2 de 133Diversas explosões foram registradas na Ucrânia após invasão de tropas russas na madrugada de quinta-feira (24) Crédito: Ministério do Interior da Ucrânia
- 3 de 133Fumaça sai da região que abriga o Ministério da Defesa da Ucrânia em Kiev Crédito: Reuters
- 4 de 133Engarrafamento registrado em Kiev, capital da Ucrânia Crédito: Reprodução/Reuters
- 5 de 133Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convocou cidadãos para luta armada e pede doações de sangue no dia da invasão Crédito: CNN / Reprodução
- 6 de 133Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Getty Images
- 7 de 133Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da Ucrânia Crédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
- 8 de 133Tanques entram em Mariupol após presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar invasão da Ucrânia Crédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
- 9 de 133Longa fila de carros em Kiev, tentando sair da Ucrânia, durante o dia 24 de fevereiro Crédito: Reuters
- 10 de 133Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no país Crédito: CNN / Reprodução
- 11 de 133Pesssoas esperam trens em estação enquanto tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar um ataque em larga escala ao país Crédito: Getty Images
- 12 de 133Estrutura danificada por um míssil em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia Crédito: Chris McGrath/Getty Images
- 13 de 133Civis de Donetsk e Luhansk, regiões com predominância de separatistas russos, em Donbass, estão se instalando em campos em Rostov, na Rússia, após a evacuação da região em 21 de fevereiro de 2022 Crédito: Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images
- 14 de 133Pessoas esperam ônibus em rodoviária em tentativa de deixar Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Pierre Crom/Getty Images
- 15 de 133Caminhões do exército russo passam por um posto policial em Armyansk, no norte da Crimeia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
- 16 de 133Veículos militares deixam a cidade de Armyansk, no norte da Crimeia, após ataque russo na Ucrânia Crédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
- 17 de 133Tanque militar ucraniano próximo da escadaria Potenkin, no centro de Odessa, na Ucrânia,o após operação militar russa em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
- 18 de 133Veículos militares após operação militar da Rússia, em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, no que foi classificado como maior ataque militar entre países da Europa desde a Segunda Guerra Mundial Crédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
- 19 de 133O bispo da Eparquia Católica Ucraniana da Sagrada Família de Londres junta-se a protesto realizado por ucranianos contra a invasão russa em Downing Street, no centro de Londres, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Yui Mok/PA Images via Getty Images
- 20 de 133Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Abdulhamid Hosbas/Anadolu Agency via Getty Images
- 21 de 133Pessoas fazem filas para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos com medo dos ataques russos em Odessa, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
- 22 de 133Mulher chora após entrar na Polônica, na fronteira entre o país e a Ucrânia, após bombardeio russo. Conflito criou uma onda de refugiados que busca abrigo em países vizinhos, como a Polônia, a Hungria e a Romênia Crédito: Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images
- 23 de 133Primeiros imigrantes ucranianos começam a entrar na Polônia, após ataque russo no país Crédito: NurPhoto via Getty Images
- 24 de 133Foguetes militares cruzam o céu durante entrada de repórter da CNN na Rússia Crédito: CNN
- 25 de 133Pessoas formam filas nos supermercados em Kiev, Ucrânia, com medo do desabastecimento devido aos ataques russos no país, que já mataram mais de 40 soldados ucranianos Crédito: Future Publishing via Getty Images
- 26 de 133Carros fazem fila em um posto de gasolina em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Future Publishing via Getty Images
- 27 de 133Metrô de Kharkiv virou abrigo improvisado, como flagrou equipe de CNN Crédito: CNN
- 28 de 133Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Future Publishing via Getty ImagVyacheslav Madiyevskyy/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
- 29 de 133Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
- 30 de 133Um apartamento danificiado após um ataque aéreo russo em um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
- 31 de 133Militares jogam itens em um incêndio do lado de fora de um prédio de inteligência em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Chris McGrath/Getty Images
- 32 de 133Avião militar dos EUA decola de base aérea em Ramstein, no estado alemão de Renânia-Palatinado, em 24 de fevereiro de 2022. Otan está fortalecendo suas tropas orientais. Crédito: dpa/picture alliance via Getty Images
- 33 de 133Fumaça escura sobe de um aeroporto militar, em Chuguyev, perto de Kiev, segunda maior cidade da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito:
- 34 de 133Posto de controle na região de Kiev danificado por disparos de artilharia Crédito: 24/02/2022 Serviço de Imprensa do Serviço de Guarda Ucraniano/Divulgação via REUTERS
- 35 de 133Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio residencial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022 Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
- 36 de 133Manifestantes protestam em Berlim contra invsão da Ucrânia pela Rússia Crédito: 24/02/2022REUTERS/Christian Mang
- 37 de 133Helicópteros militares russos durante voo-teste na região de Rostov Crédito: 19/01/2022REUTERS/Sergey Pivovarov
- 38 de 133Bombeiros chegam para apagar fogo em edifício de apartamentos em Chuhuiv no leste da Ucrânia Crédito: Justin Yau/Sipa USA via Reuters - 24.fev.22
- 39 de 133Equipes de resgate no local de queda de avião das Forças Armadas da Ucrânia na região de Kiev Crédito: 24/02/2022Serviço de Imprensa do Serviço de Emergências da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
- 40 de 133Centenas de moradores de um prédio residencial danificado por um míssil se reúnem em um abrigo antibomba no porão de uma escola em Kiev, em 25 de fevereiro de 2022 Crédito: Getty Images
- 41 de 133Uma criança brinca no parquinho enquanto civis são vistos do lado de fora de um prédio residencial da região de Kiev, atingido durante intervenção militar russa, em 25 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 42 de 133Guardas de fronteira ucranianos que serviam no ponto de passagem de Chongar e entregaram suas armas, em 25 de fevereiro de 2022 Crédito: FSB/TASS via Getty Images
- 43 de 133Um homem olha pela janela de um apartamento danificado em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev Crédito: Getty Images
- 44 de 133Um homem caminha com seu cachorro na frente de um bloco residencial danificado por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev Crédito: Getty Images
- 45 de 133Um quarto queimado e danificado de um apartamento é visto em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal em 25 de fevereiro de 2022 em Kiev Crédito: Getty Images
- 46 de 133Ucraniano recolhe seus pertences após o quarto ser danificado por um míssil, em Kiev, 25 de fevereiro de 2022 Crédito: Getty Images
- 47 de 133Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 48 de 133Um veículo blindado circula no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 49 de 133Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 50 de 133Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 51 de 133Cidadãos ucranianos chegam à Romênia cruzando a fronteira de Siret, em 26 de fevereiro de 2022, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia. Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 52 de 133Militares ucranianos chegam da ilha de Zmeiny, em 26 de fevereiro de 2022, após se renderem voluntariamente às tropas russas. Com certos procedimentos legais concluídos, eles serão enviados de volta para suas famílias na Ucrânia. Crédito: Russian Defence Ministry/TASS
- 53 de 133O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky discursa uma mensagem em vídeo ao povo da Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022. Crédito: Presidência da Ucrânia
- 54 de 133Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022. Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 55 de 133Um soldado ucraniano é visto atrás de pneus no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 56 de 133Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 57 de 133Moradores do Dnipro se reúnem no Rocket Park para preparar coquetéis molotov no 4º dia desde o início dos ataques russos em larga escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 58 de 133Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia. Crédito: Future Publishing via Getty Imag
- 59 de 133Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia Crédito: Future Publishing via Getty Imag
- 60 de 133As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022. Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 61 de 133As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 62 de 133As forças de segurança ucranianas nas ruas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 63 de 133Reunião entre Rússia e Ucrânia por cessar-fogo é encerrada sem acordo Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 64 de 133Conversas entre Ucrânia e Rússia em Belarus Crédito: Alexander Kryazhev/POOL/TASS via
- 65 de 133O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 66 de 133Uma mulher passa por um prédio danificado em uma rua após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 67 de 133Pessoas fazem longas filas nos supermercados após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 68 de 133Membros das forças ucranianas inspecionam motoristas de carros procurando algo suspeito. As forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 69 de 133Os militares ucranianos retiram a ajuda coletada da população para trazê-la à frente no 5º dia desde o início dos ataques russos em grande escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 70 de 133Grupos de pessoas com seus pertences dormindo em cadeiras e no chão da estação de Przemysl, seis dias após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 1º de março de 2022, em Przemysl, Polônia. A estação de Przemysl tornou-se um refúgio seguro para milhares de pessoas fugindo da guerra que a Rússia lançou contra a Ucrânia Crédito: Europa Press via Getty Images
- 71 de 133Grupos de pessoas com seus pertences dormindo em cadeiras e no chão da estação de Przemysl, seis dias após o início dos ataques da Rússia à Ucrânia, em 1º de março de 2022, em Przemysl, Polônia. A estação de Przemysl tornou-se um refúgio seguro para milhares de pessoas fugindo da guerra que a Rússia lançou contra a Ucrânia Crédito: Europa Press via Getty Images
- 72 de 133Ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 73 de 133Danos causados ao gabinete do governador de Kharkiv após o ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 74 de 133Danos causados ao gabinete do governador de Kharkiv após o ataque com mísseis do exército russo em Kharkiv, Ucrânia, em 01 de março de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 75 de 133Consequências das hostilidades do exército russo em Bucha, região de Kiev, norte da Ucrânia Crédito: Vasyl Molchan/Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
- 76 de 133Soldados são vistos atrás de pilhas de areia usadas para bloquear uma estrada na capital ucraniana, Kiev, em meio a ataques russos em 01 de março de 2022 Crédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
- 77 de 133Civis se concentram nas estações de metrô de Kiev para abrigar-se dos ataques russos em 2 de março de 2022 Crédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
- 78 de 133Civis se concentram nas estações de metrô de Kiev para abrigar-se dos ataques russos em 2 de março de 2022, o 7º dia de bombardeios Crédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
- 79 de 133Civis tentam seguir para o oeste a partir de Kiev em estações de trem, em 2 de março de 2022, em meio à invasão russa Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 80 de 133Interior de café destruído após bombardeio de forças russas em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, em 2 março de 2022 Crédito: SERGEY BOBOK/AFP via Getty Images
- 81 de 133Assentamentos civis destruídos após ataques da Rússia em Kharkiv, no dia 3 de março de 2022 Crédito: tate Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images
- 82 de 133Bairros civis foram atacados em Kharkiv, no 8º dia de conflito na Ucrânia a partir de ataques russos, 3 de março de 2022 Crédito: State Emergency Service of Ukraine/Anadolu Agency via Getty Images
- 83 de 133Civis constroem barricadas de ferro e armadilhas para prender veículos blindados em uma tentativa de defender a cidade de ataques russos, em Lviv, Ucrânia, em 3 de março de 2022 Crédito: Abdullah Tevge/Anadolu Agency via Getty Images
- 84 de 133Criança dorme em abrigo temporário no Centro Metodológico de Budapeste (BMSZKI), Hungria, enquanto fogem da Ucrânia, em 3 de março de 2022 Crédito: Janos Kummer/Getty Images
- 85 de 133Fumaça sobe em assentamentos civis destruídos após ataques russos em Chernihiv, Ucrânia, em 3 de março de 2022 Crédito: State Emergency Service of Ukraine/Handout/Anadolu Agency via Getty Images
- 86 de 133Barricadas são estruturadas em frente ao Monumento da Independência e soldados patrulham a região, enquanto sirenes são ouvidas em meio aos ataques da Rússia na capital ucraniana, Kiev, em 3 de março de 2022, o 8º dia de conflitos na região Crédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
- 87 de 133Prédio destruído por disparos de artilharia em Irpin, na região de Kiev, na Ucrânia Crédito: ]02/03/2022 REUTERS/Serhii Nuzhnenko
- 88 de 133Bombeiros extinguem incêndio em prédio após ataque russo em Chernihiv, na Ucrânia Crédito: 03/03/2022 Serviços de Emergência da Ucrânia via REUTERS
- 89 de 133Prefeito da cidade ucraniana de Energodar, Dmytro Orlov, afirmou que um ataque promovido pelas tropas russas provocou um incêndio na usina nuclear de Zaporizhzhia Crédito: Reprodução
- 90 de 133Prédio administrativo danificado no complexo da usina nuclear de Zaporizhzhia. na Ucrânia Crédito: 04/03/2022 Serviço de Imprensa da Companhia Nacional de Geração de Energia Nuclear Energoatom/Divulgação via REUTERS
- 91 de 133Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, Ucrânia Crédito: Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images
- 92 de 133Imagens de satélite Maxar mostram destruição de mercearias e shopping centers no oeste de Mariupol, Ucrânia Crédito: Satellite image (c) 2022 Maxar Technologies/Getty Images
- 93 de 133Ponto de ajuda para refugiados da Ucrânia que foi inaugurado no Estádio Municipal Henryk Reymans. em Cracóvia, na Polônia Crédito: NurPhoto via Getty Images
- 94 de 133Imagem divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores da Ucrânia. Prédio cuja fachada apresenta marcas de explosão seria um hospital infantil e maternidade. Ucrânia acusa Rússia de ataque aéreo no local Crédito: Foto: MFA Ucrânia / Twitter
- 95 de 133Mulher ucraniana se emociona ao fugir de Kiev; muitas pessoas se dirigiram para cidades no oeste do país ou para a Polônia em busca de segurança Crédito: Reprodução/CNN Brasil (9.mar.2022)
- 96 de 133Kharkiv, segunda maior cidade ucraniana, está sob ataques desde início da invasão Crédito: NurPhoto via Getty Images
- 97 de 133Membro de equipe de resgate faz buscas perto de prédio danificado por disparos de artilharia na região ucraniana de Mykolaiv Crédito: 08/03/2022 Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
- 98 de 133Mulheres de Moldova recebem refugiadas ucranianas Crédito: Divulgação
- 99 de 133Pessoas esperam na estação ferroviária da cidade ucraniana ocidental de Lviv para embarcar em um trem para deixar o país em 7 de março de 2022, enquanto os ataques russos continuam Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 100 de 133Membro da Força de Defesa Territorial Ucraniana faz guarda no centro de Odessa Crédito: 08/03/2022 REUTERS/Iryna Nazarchuk
- 101 de 133Residentes e militares ajudam civis a fugir do fronte de gurra na cidade de Irpin. perto de Kiev, na Ucrânia, em 10 de março de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 102 de 133Civis tentam fugir de Irpin, cidade próxima à capital ucraniana Kiev, em 10 de maço de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 103 de 133Soldado americano em um Stryker participa de exercício militar conjunto entre Romênia e EUA, em uma base militar em Smrdan, Romênia Crédito: Getty Images
- 104 de 133Tendas são montadas para dar informação e comida para refugiados vindos da Ucrânia em Colônia, cidade da Alemanha, em 10 de março de 2022 Crédito: NurPhoto via Getty Images
- 105 de 133Um banner, com um slogan abordando o exército russo, é preso em um checkpoint reforçado com blocos e sacos de areia em Odessa, cidade na Ucrânia Crédito: Future Publishing via Getty Imag
- 106 de 133Refugiados saídos da Ucrânia chegam a Portugal, em 10 de março de 2022 Crédito: Corbis via Getty Images
- 107 de 133Moradores de um prédio residencial em Kiev após ter sido atingido por ataque aéreo da Rússia em 15 de março de 2022 Crédito: Maxym Marusenko/NurPhoto via Getty Images
- 108 de 133Bombeiros combatem incêndio em um prédio residencial danificado por um ataque russo em Kiev, na Ucrânia, em 15 de março de 2022 Crédito: Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images
- 109 de 133Destroços de uma escola após um ataque aéreo da Rússia no vilarejo Zelenyi Hai, na Ucrânia, em 15 de março de 2022. Três civis foram resgatados e sete pessoas morreram, de acordo com o Serviço de Emergência Estatal Crédito: State Emergency Service of Ukraine / Handout/Anadolu Agency via Getty Images
- 110 de 133Prédio residencial danificado após ter sido atingido por ataque russo em Kiev, na Ucrânia, em 15 de março de 2022 Crédito: Emin Sansar/Anadolu Agency via Getty Images
- 111 de 133Bombeiros trabalham para apagar incêndio em um prédio residencial atingido por ataque da Rússia durante a manhã do dia 15 de março de 2022, no distrito de Sviatoshynskyi, em Kiev, na Ucrânia Crédito: Chris McGrath/Getty Images
- 112 de 133Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio atingido por bombardeio russo no dia 15 de março de 2022, na região de Sviatoshynskyi, em Kiev, na Ucrânia Crédito: Chris McGrath/Getty Images
- 113 de 133Pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia encontram abrigo em ginásio esportivo convertido temporariamente em um abrigo, na região de Nowa Huta, em Cracóvia, na Polônia, em 15 de março de 2022 Crédito: Omar Marques/Getty Images
- 114 de 133Refugiados que fugiram da Ucrânia estão sendo abrigados em um ginásio esportivo em Zgorzelec, na Polônia Crédito: Danilo Dittrich/picture alliance via Getty Images
- 115 de 133Senhora é resgatada de prédio atingido por ataque russo em Kiev, capital ucraniana, no dia 15 de março Crédito: Chris McGrath/Getty Images
- 116 de 133Criança retirada de região de Mariupol aguarda em abrigo na província de Donetsk, no leste da Ucrânia Crédito: Leon Klein/Anadolu Agency via Getty Images
- 117 de 133Homem busca por pertences em meio aos escombros de um prédio residencial atacado por míssil na região de Kiev Crédito: Madeleine Kelly/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
- 118 de 133Helicópteros russos destruídos por forças ucranianas no aeroporto de Kherson, em 15 de março de 2022 Crédito: Planet Labs
- 119 de 133Ataque ucraniano destruiu pelo menos três helicópteros russos Crédito: Planet Labs
- 120 de 133Fumaça vinda do aeroporto de Kherson é registrada por drone Crédito: Reprodução/Telegram
- 121 de 133Civis que deixaram Mariupol chegam a abrigo em Zaporizhzhia Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
- 122 de 133Pessoas que cruzaram a fronteira da Ucrânia, adentrando Medyka, na Polônia, esperam para embarcar em ônibus, em 16 de março de 2022 Crédito: Victoria Jones/PA Images via Getty Images
- 123 de 133Teatro atingido pelo o que ucranianos acusam de ser mísseis russos Crédito: Divulgação/Telegram
- 124 de 133Casas são vistas queimando em Chernihiv, na Ucrânia Crédito: Maxar Technologies
- 125 de 133Estádio de Chernihiv sofreu danos significativos após ataque russo Crédito: Maxar Technologies
- 126 de 133Objetos danificados são vistos em prédio destruído em uma vila em Kamiyanske, a cerca de 30 quilômetros de Zaporizhzhia, uma das áreas mais bombardeadas da região, em 22 de março de 2022 Crédito: Andrea Carrubba/Anadolu Agency via Getty Images
- 127 de 133Pessoa caminha em frente a um prédio destruído enquanto civis são evacuados através de corredores humanitários da cidade ucraniana de Mauriupol, que está sob o controle do exército russo e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
- 128 de 133Veículo militar danificado em Mariupol, cidade sob controle do exército e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
- 129 de 133Mulher passa por prédio destruído em Mariupol, cidade tomada pela Rússia, em 21 de março de 2022 Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
- 130 de 133Veículo militar danificado em Mariupol, cidade sob controle do exército e de separatistas russos, em 21 de março de 2022 Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 131 de 133Bombeiros combatem incêndio após ataques russos em áreas civis em Kiev, capital da Ucrânia, em 23 de março de 2022 Crédito: Alejandro Martinez/Anadolu Agency via Getty Images
- 132 de 133Fumaça sobe após incêndio ser extinto em área civil de Kiev, devido a ataques do exército russo, em 23 de março de 2022 Crédito: Alejandro Martinez/Anadolu Agency via Getty Images
- 133 de 133Mulher carrega bebê enquanto espera o trem para a Polônia em Lviv, na Ucrânia. Muitos fogem das cidades desde o início da invasão russa Crédito: Joe Raedle/Getty Images
O choque do retorno da guerra à Europa unificou os 27 estados-membros da UE. O bloco está agora exercendo seu poder econômico para fins geopolíticos, visando a Rússia com o pacote de sanções mais forte que já impôs.
Pela primeira vez, o bloco forneceu financiamento para a compra de armas para a Ucrânia. A Alemanha, que há décadas é avessa a uma abordagem militarizada da política externa, agora está participando do armamento da Ucrânia e aumentando seus próprios gastos militares em resposta à invasão.
“A crise na Ucrânia destruiu a ilusão de que a segurança e a estabilidade na Europa vêm de graça”, disse um diplomata europeu sênior à CNN nesta semana. “Quando não havia ameaça real, a geopolítica parecia remota. Agora há uma guerra em nossa fronteira. Agora sabemos que temos que pagar e agir juntos.”
Um milhão de pessoas em movimento
Um milhão de pessoas fugiram de suas casas nos primeiros sete dias desde que a Rússia invadiu a Ucrânia – uma das maiores e mais rápidas migrações da humanidade na memória recente. Para colocar em contexto, levou três meses para um milhão de refugiados deixarem a Síria em 2013, no auge da saída de cidadãos do país.
Se os combates continuarem e, como disse uma fonte francesa próxima ao presidente Emmanuel Macron, o pior ainda está por vir, a Europa poderá enfrentar uma crise de refugiados sem precedentes.
“Trabalho em emergências de refugiados há quase 40 anos e raramente vi um êxodo tão rápido quanto este”, disse Filippo Grandi, alto comissário da ONU para refugiados.
Também houve vários relatos de racismo contra pessoas negras e não-ucranianos na fronteira.
O futuro dos refugiados permanece incerto. Se a Rússia derrubar o governo ucraniano democraticamente eleito, essas pessoas vão querer voltar para casa? E se, depois da luta, eles não tiverem mais casas para onde voltar?
Comida e combustível
Os preços do gás nos Estados Unidos tiveram seus maiores aumentos desde o furacão Katrina, em 2005. Especialistas estão preocupados que os preços dos alimentos possam disparar depois de já terem subido “fortemente” no ano passado. E a Moody’s está alertando que as cadeias de suprimentos globais, já atingidas pela pandemia de Covid-19, podem ser lançadas ainda mais no caos. As ações em todo o mundo caíram na sexta-feira, com a Europa sofrendo uma derrota particularmente dura.
Os combates na Ucrânia tiveram custos econômicos e humanos em todo o mundo, especialmente quando se trata de energia.
Embora a Europa diga há anos que precisa se livrar da energia russa, Moscou é o maior fornecedor de petróleo e gás natural da UE. A Europa poderia sobreviver se a Rússia fechasse o fornecimento, mas não seria barato e nem fácil.
O conflito também é uma questão de bolso que pode determinar se as famílias podem colocar comida na mesa. Só na Ucrânia, três a cinco milhões de pessoas vão precisar de apoio alimentar imediatamente, disse o diretor executivo do Programa Mundial de Alimentos (PAM), David Beasley.
Mas a Rússia e a Ucrânia também são alguns dos principais produtores mundiais de trigo. Juntos, eles respondem por 23% de todas as exportações globais, segundo a S&P Global.
“Medo de conflito pairando sobre dois dos maiores fornecedores do mundo claramente terá algum impacto nos preços, quando já há uma sensação de escassez”, disse Julien Barnes-Dacey, diretor do programa Oriente Médio e Norte da África no Conselho Europeu de Relações Exteriores.
Embora a Ucrânia seja apelidada de celeiro da Europa, as preocupações são particularmente agudas no Oriente Médio – o terceiro maior comprador de trigo de Kiev em 2020/2021, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. Mais de 40% das recentes exportações de trigo do país foram para Oriente Médio ou África.
*Luke McGee da CNN, Matt Egan, Chris Isidore, Nadeen Ebrahim e Eoin McSweeney contribuíram para este relatório