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    Quase 500 crianças morreram na Ucrânia desde o início da guerra, diz procurador-geral do país

    Kiev soma mais de 2.900 crimes de guerra contra crianças, além de 2.500 instituições educacionais destruídas

    Parentes e amigos estão presentes durante o funeral de Valeriia Hlodan, de três meses.
    Parentes e amigos estão presentes durante o funeral de Valeriia Hlodan, de três meses. Nina Liashonok/Getty Images

    Olga VoitovychSarah Deanda CNN

    Pelo menos 484 crianças foram mortas e 992 ficaram feridas desde o início da invasão da Ucrânia, informou a Procuradoria-Geral do país nesta quinta-feira, quando a Ucrânia marcou o Dia Internacional da Criança.

    “O Gabinete do Procurador-Geral fornece orientação processual em processos de mais de 2.900 crimes contra crianças relacionados com a guerra: homicídio e ferimentos, violência sexual, ataques a instituições e instalações para crianças, deportação, deslocação forçada e rapto”, afirmou em comunicado.

    A Ucrânia e a maioria dos outros países pós-comunistas da Europa Oriental marcam o 1º de junho como o Dia Internacional da Criança. Cidades, escolas e grupos comunitários geralmente organizam eventos voltados para crianças, como dias de esportes e feiras de diversões.

    “O Dia das Crianças tem que ser sobre infância segura, verão, vida. Mas hoje é sobre novos crimes da [Rússia] contra crianças ucranianas. Uma menina de 9 anos foi morta em um bombardeio em Kiev, e outra está agora no hospital”, escreveu nas redes sociais a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska.

    Mais de 2.500 instituições educacionais foram danificadas, incluindo 256 completamente destruídas, disse a Procuradoria-Geral da República em seu comunicado desta quinta.

    O órgão acrescentou que mais de 19.500 crianças ucranianas foram deportadas à força para a Rússia ou territórios temporariamente ocupados. “Mas esses são apenas os casos registrados oficialmente”, disse, alertando que o número pode ser maior.

    Em março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra o presidente Vladimir Putin e a oficial russa Maria Lvova-Belova por um suposto esquema para deportar crianças ucranianas para a Rússia.

    As acusações do TPI, que se relacionam a uma suposta prática que a CNN e outros veículos de imprensa noticiaram, foram as primeiras a serem formalmente apresentadas contra autoridades em Moscou desde que começou seu ataque não provocado à Ucrânia no ano passado.

    O juiz presidente do TPI, Piotr Hofmanski, disse à CNN em março que todos os países signatários são “obrigados a executar mandados de prisão emitidos pelo tribunal”, o que significa que “há 123 estados – dois terços dos estados do mundo – nos quais ele [Putin] não serão salvos.”

    O Kremlin rotulou as ações do TPI como “ultrajantes e inaceitáveis” e disse que a Rússia não reconhece a jurisdição do tribunal.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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