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    Putin vai esperar resultado oficial para se pronunciar sobre eleições nos EUA

    Durante a corrida eleitoral, Putin evitou fazer apostas, apesar de não gostar da retórica anti-Rússia de Biden



     

    O Kremlin informou nesta segunda-feira (9) que vai aguardar a divulgação dos resultados oficiais da eleição presidencial dos Estados Unidos antes de comentar sobre a vitória do democrata Joe Biden. O presidente Vladimir Putin permanece em silêncio sobre o assunto desde sábado (7). 

    Durante a corrida eleitoral, Putin evitou fazer apostas, apesar de não gostar da retórica anti-Rússia de Biden, mas recebeu bem os comentários do democrata sobre o controle de armas nucleares. O presidente russo também defendeu o filho de Biden, Hunter, contra as críticas do republicano Donald Trump.

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    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante teleconferência em Moscou
    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante teleconferência em Moscou
    Foto: Aleksey Nikolskyi – 06.nov.2020 / Kremlin via Reuters

     

    Falando a repórteres em uma teleconferência, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que Moscou achou melhor esperar antes de parabenizar alguém. “Achamos apropriado esperar pela contagem oficial dos votos”, afirmou ele.

    Questionado sobre o motivo que levou Putin, em 2016, a parabenizar Trump logo após a vitória, Peskov disse que as situações são distintas. “Vocês podem ver que há certos procedimentos legais que foram anunciados pelo atual presidente. É por isso que as situações são diferentes e, portanto, achamos apropriado esperar por um anúncio oficial.”

    O porta-voz informou ainda que Putin disse repetidamente que estava pronto para trabalhar com qualquer líder dos EUA, e espera poder estabelecer um diálogo com um possível novo governo para encontrar uma maneira de normalizar as relações bilaterais problemáticas.

    “O presidente Putin disse repetidamente que mostrará respeito por qualquer escolha que o povo norte-americano fizer”, declarou Peskov.

    Os laços entre Moscou e Washington foram abalados em 2014, quando a Rússia anexou a região da Crimeia – da Ucrânia – ao seu território. Na época, Biden era vice-presidente de Barack Obama.

    As relações pioraram ainda mais com as alegações dos EUA de que o Kremlin se envolveu nas eleições presidenciais dos EUA de 2016 para tentar influenciar a votação a favor de Trump. O Kremlin nega as acusações.