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    Putin quer deixar legado e resgatar Rússia como superpotência, avalia professora

    À CNN Rádio, Barbara Mota disse que ainda não é possível prever quais os próximos passos russos na Ucrânia ou reação dos países da Otan

    Alessandra FerreiraAmanda Garciada CNN

    Em São Paulo

    A decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de invadir a Ucrânia tem a ver com a “necessidade de deixar um legado e mostrar um fortalecimento russo”, de acordo com a professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe, Barbara Mota.

    Em entrevista à CNN Rádio, ela ponderou que Putin está à frente da Rússia há muitos anos. “Em 5 ou 10 anos, talvez ele precise se aposentar. E, com esse entendimento, na minha avaliação existe a necessidade de deixar uma marca.”

    “Talvez não esteja falando de retomar a União Soviética, mas de entender essa movimentação como legado pessoal que vincule a imagem do Putin”, disse.

    Ao mesmo tempo, “é uma tentativa de resgatar status de preponderância da Rússia, que ficou em xeque nos últimos anos, e agora tenta voltar à imagem de superpotência, de um estado que não pode ser desconsiderado nas relações internacionais.”

    Segundo Barbara Mota, este é um “momento limite”, mas ainda não é possível entender qual vai ser a interpretação dos grandes atores internacionais diante do ataque russo.

    “Alguns países da Otan invocaram o artigo 4º e solicitaram reunião para decidir se vão entender que essa ação fere a independência política ou a segurança não só da Ucrânia, mas dos demais países-membros.”

    Ela avalia que é cedo para prever se “as tropas russas vão parar ou avançar além da Ucrânia.”