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    Putin não vai parar até controlar o território ucraniano, diz cientista político

    Em entrevista à CNN, Peter Schechter avaliou que sanções econômicos não vão parar o presidente da Rússia

    Layane SerranoVinícius Tadeuda CNN , São Paulo

    A invasão russa à Ucrânia chegou ao oitavo dia, e na opinião do cientista político Peter Schechter, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não deve parar com a incursão até “conseguir controlar completamente o território ucraniano”.

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (3), o analista de política externa e diretor do podcast Altamar avaliou que os próximos dias e as próximas semanas podem ser “até mais perigosos” em relação à guerra na Ucrânia.

    No entanto, Schechter considera que as tropas russas sofreram derrotas estratégicas importantes nos últimos dias. De acordo com ele, Putin queria mostrar a capacidade militar da Rússia, expor fraquezas da Otan e do Ocidente e reforçar que os ucranianos, na verdade, são russos com sotaque.

    “O presidente russo não conseguiu nenhum dos três objetivos”, pontuou o especialista. Ele ainda elencou outras dificuldades do exército russo, como problemas de abastecimento e de soldados que estão “simplesmente abandonando os tanques porque querem voltar para a casa e não querem uma guerra contra uma nação considerada amiga dos russos”.

    Na visão de Schechter, ainda não há um caminho de solução para o conflito. “Não vejo possibilidade de parar isso e não vejo que as sanções econômicas vão parar Putin”, considerou.

    O cientista político afirmou que as sanções foram “feitas para destruir uma economia” e que “lentamente isso vai ser possível, destruir a economia russa”. Contudo, o especialista reforçou que acredita que “Putin não vai parar até que Kiev fique completamente nas mãos russas”.

    Schecter ainda descartou a possibilidade de uma guerra mundial, e disse que “o mundo não está preparado para fazer uma guerra entre Otan e Rússia”. “A única opção que fica são esses instrumentos econômicos tão duros e tão fortes”, completou.

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