Putin não será chamado para funeral da rainha por invasão da Ucrânia, diz fonte
Fonte sênior do governo britânico informou à CNN que convites a autoridades da Rússia, Belarus e Mianmar foram descartados
O presidente russo, Vladimir Putin, não será convidado para o funeral da rainha Elizabeth II por causa de sua invasão da Ucrânia, disse uma fonte sênior do governo britânico à CNN na terça-feira.
A fonte disse que a lista completa de convites ainda não foi finalizada, mas que autoridades de três países foram descartadas: Rússia, Belarus e Mianmar.
No caso da Rússia e da Belarus, a fonte disse que sua exclusão se deve à invasão da Ucrânia por Putin, que a Belarus apoiou. No caso de Mianmar, é por causa do tratamento dado ao povo rohingya, disse a fonte.
O Palácio envia convites para funerais de Estado a conselho do governo, depois de membros dos serviços civis e diplomáticos terem considerado as implicações políticas de convidar certos líderes.
O protocolo do palácio é não revelar convidados para eventos familiares, e não comentou a lista de convidados.
Normalmente, todos os países com os quais o Reino Unido mantém relações diplomáticas normais seriam convidados para um funeral de estado, como o que será realizado para a falecido monarca em Londres na próxima segunda-feira.
As nações são geralmente representadas por seu líder político, chefe de estado, um membro sênior do governo ou seu embaixador no Reino Unido.
Uma segunda fonte do governo do Reino Unido disse à CNN que até 500 dignitários estrangeiros deveriam comparecer ao funeral.
O Reino Unido tem sido um dos mais fortes oponentes da guerra da Rússia e um dos maiores apoiadores da Ucrânia, fornecendo dinheiro, armas e ajuda.
O Reino Unido também sancionou uma série de oficiais militares e empresas em Mianmar pelo que descreveu como a limpeza étnica dos rohingyas, um grupo predominantemente muçulmano no estado de maioria budista do país que sofreu décadas de perseguição.
No início deste mês, a junta governante de Mianmar condenou o ex-embaixador do Reino Unido no país a um ano de prisão por acusações de imigração.