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    Putin eleva imposto sobre ricos antes de votação de reforma por novas reeleições

    Ricos pagarão 15% sobre rendimentos anuais superiores ao equivalente a 72.833 dólares

    Rússia votará mudança na Constituição que permitirá a Putin ser reeleito e ficar no poder até 2036
    Rússia votará mudança na Constituição que permitirá a Putin ser reeleito e ficar no poder até 2036 Foto: Alexei Nikolskyi - 27.mai.2020/ Kremlin/ Sputnik/ Reuters

    Tom Balmforth e Polina Devitt, da Reuters

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, aumentou o imposto de renda dos russos ricos e ofereceu mais benesses estatais a famílias com filhos nesta terça-feira (23), dias antes de o país votar reformas que podem mantê-lo no poder até 2036.

    Em um pronunciamento de televisão à nação, Putin, de 67 anos, disse que a reação da Rússia à crise do coronavírus salvou dezenas de milhares de vidas e ordenou a prorrogação de várias medidas de apoio para aparar o impacto econômico.

    Rompendo com um imposto fixo de 13% que ele mesmo adotou quase duas décadas atrás, Putin disse que agora os ricos pagarão 15% sobre rendimentos anuais superiores ao equivalente a 72.833 dólares e que o dinheiro extra ajudará crianças doentes.

    A medida, que entra em vigor em janeiro, provavelmente agradará os eleitores frustrados por anos de rendimentos em queda. Muitos também não gostam da classe de empresários abastados que emergiu do esfacelamento da União Soviética.

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    O pronunciamento de Putin veio antes de uma votação nacional de sete dias que começa na quinta-feira. Os russos aprovarão ou rejeitarão uma variedade de reformas, incluindo uma que poderia permitir a Putin cumprir mais dois mandatos no Kremlin, ao invés de sair de cena em 2024.

    Putin prometeu ampliar um programa para ajudar famílias com hipotecas e oferecer no mês que vem um pagamento único de dez mil rublos para cada filho de até 16 anos que tiverem, ações que ele disse que as ajudarão a resistir aos danos da crise do coronavírus.

    A Rússia, que registrou o terceiro maior número de casos de coronavírus do mundo, praticamente encerrou seu isolamento, mas se acredita que a crise provocará uma contração econômica de 6% neste ano.