Putin diz esperar que situação na Ucrânia possa ser resolvida pacificamente
Presidente russo também afirmou que "não podemos esquecer a doutrina militar da Otan alguns anos atrás que disse que a Rússia era um adversário"
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse esperar que a situação em torno da Ucrânia possa ser resolvida pacificamente e que não vê alternativa aos acordos de paz existentes de Minsk para resolver o conflito no Leste do país.
Em coletiva de imprensa após reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (7), Putin também disse que a Rússia fará de tudo para conseguir compromissos de segurança na Europa que satisfaçam a todos e que não haveria vencedores se os países europeus fossem “arrastados para um conflito militar com a Rússia” no caso de a Ucrânia se juntar à Otan e tentar retomar a Crimeia.
Ao mesmo tempo, afirmou que “não podemos esquecer e desprezar a doutrina militar da Otan alguns anos atrás que disse que a Rússia era um adversário. E disse isso diretamente”. Putin ressaltou que a Rússia continuará tentando obter respostas do Ocidente para suas principais demandas de segurança, embora tenha dito que os Estados Unidos e a Otan as “ignoraram” nas respostas formais que enviaram a Moscou no mês passado.
Ele disse que é importante encontrar uma saída para a situação na Ucrânia e que o diálogo não acabou.
Putin ressaltou que a Ucrânia deve cumprir as etapas descritas nos acordos de Minsk alcançados em 2014 e 2015. “Quanto aos acordos de Minsk – estejam valendo ou tenham perspectivas ou não – acredito que simplesmente não há outra alternativa (para eles)”, disse.
O presidente russo afirmou que as conversas com Macron no Kremlin foram úteis, substantivas e empresariais e disse que algumas das ideias do presidente francês podem formar uma base para outras medidas conjuntas. Segundo afirmou, a reunião durou entre quatro e cinco horas.
Putin disse que os dois presidentes manterão conversas por telefone depois que Macron conversar com a liderança ucraniana.
*com informações da Reuters