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    Putin criou crise alimentar global com guerra, diz vice-secretária de Estado dos EUA

    Cerca de 30% do trigo do mundo, 20% do milho e 75% das exportações de óleo de girassol vêm da região do Mar Negro, disse Wendy Sherman

    Refugiados e voluntários locais descarregando ajuda vinda da Romênia
    Refugiados e voluntários locais descarregando ajuda vinda da Romênia Denise Hruby/CNN

    Jeremy Herbda CNN

    A vice-secretária de Estado Wendy Sherman acusou, nesta terça-feira (29), que a guerra da Rússia na Ucrânia criou uma escassez crítica de alimentos na Ucrânia, com os efeitos de uma “crise alimentar global” sentida em todo o mundo.

    Em uma reunião das Nações Unidas realizada na terça-feira sobre o impacto da guerra da Rússia na segurança alimentar global, Sherman disse que a Rússia bombardeou pelo menos três navios civis que transportavam mercadorias para fora do Mar Negro.

    Ela acrescentou que a Marinha Russa está bloqueando o acesso aos portos da Ucrânia, cortando a capacidade do país de exportar grãos e impedindo que cerca de 94 navios com alimentos cheguem ao Mar Mediterrâneo.

    Sherman argumentou que as alegações da Rússia de que as sanções dos EUA e seus aliados estão elevando os custos dos alimentos em todo o mundo ignoram o fato de que a Rússia impediu que as exportações de grãos da Ucrânia chegassem ao resto do mundo.

    “Enquanto Putin continuar sua guerra, enquanto as forças russas continuarem a bombardear cidades ucranianas e bloquear comboios de ajuda, enquanto civis sitiados não conseguirem chegar em segurança, esta crise humanitária só vai piorar”, disse Sherman. “Vladimir Putin começou esta guerra. Ele criou esta crise alimentar global. E é ele quem pode pará-la.”

    As alegações  do Departamento de Estado na reunião da ONU de terça-feira ocorrem quando os EUA acusam formalmente as forças russas de cometer crimes de guerra na Ucrânia, incluindo o ataque a civis.

     

    Sherman disse que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estimou que cerca de 13 milhões de pessoas em todo o mundo “podem ser empurradas para a insegurança alimentar como resultado da invasão da Ucrânia pela Rússia”.

    Observando que tanto a Ucrânia quanto a Rússia são grandes produtores agrícolas, Sherman disse que cerca de 30% do trigo do mundo, 20% do milho e 75% das exportações de óleo de girassol vêm da região do Mar Negro.

    O Programa Mundial de Alimentos alertou que 45% das pessoas na Ucrânia estão preocupadas em ter o suficiente para comer, disse Sherman. Ela apontou especificamente para os ataques à cidade portuária de Mariupol, no sul da Ucrânia, dizendo que a população de lá ficou sem comida, água, calor e eletricidade, e as pessoas “recorreram ao derretimento da neve para beber água”.

    “Uma mãe disse aos repórteres que ela poderia alimentar suas três filhas com apenas uma colher de mel por dia enquanto elas se escondiam das bombas russas. Agora, as autoridades da cidade dizem que as pessoas estão começando a morrer de fome”, disse Sherman.

    “Cinco semanas atrás, Mariupol estava em paz. Era, de fato, uma movimentada cidade portuária, exportadora de grãos que ajudava a alimentar o mundo. Hoje, seus moradores estão morrendo por causa da guerra de escolha do presidente Putin.”

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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