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    Protestos no Sri Lanka deixam dezenas de feridos, segundo hospital na capital do país

    População sofre com pior crise financeira na história recente do país; há dificuldades para comprar alimentos, remédios e combustível

    O número de pessoas feridas nos protestos no Sri Lanka deste sábado (9) chegou a 55, de acordo com um porta-voz do Hospital Nacional do Sri Lanka. De acordo com o comunicado, três pessoas foram feridas a bala. Entre os que precisaram de atendimento por causa dos ferimentos está um parlamentar do leste do país, segundo o anúncio.

    Protestos no país do sul da da Ásia, com 22 milhões de habitantes, reuniram cerca de 100 mil pessoas do lado de fora da residência do presidente Gotabaya Rajapaksa, que pediam sua renúncia.

    Um vídeo transmitido por canais de TV do Sri Lanka e nas mídias sociais mostra manifestantes entrando na residência depois de romperem os cordões de segurança colocados pela polícia. Imagens mostram manifestantes dentro do prédio e pendurando faixas na varanda, além de nadar na piscina da residência.

    Rajapaksa deixou a casa e foi transferido para outro lugar, informaram autoridades de segurança à CNN. Não está claro quantos agentes de segurança estão presentes no local, de acordo com a reportagem.

    Os manifestantes também invadiram a residência oficial do primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, conhecida como Temple Trees, de acordo com relatos da mídia local.

    O Sri Lanka está sofrendo sua pior crise financeira na história recente, deixando milhões lutando para comprar alimentos, remédios e combustível.

    Um toque de recolher da polícia que foi imposto anteriormente em várias divisões na província ocidental do Sri Lanka foi suspenso. Vários políticos e a Ordem dos Advogados do Sri Lanka se referiram ao toque de recolher como “ilegal”, dizendo que não houve casos de violência que justificassem a imposição da medida.

    Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas nos últimos meses, exigindo a renúncia dos líderes do país por acusações de má gestão econômica.

    Em várias grandes cidades, incluindo Colombo, as filas para comprar combustível duravam horas, e os habitantes às vezes entravam em conflito com a polícia e os militares enquanto esperavam.

    As escolas foram suspensas e o combustível foi limitado aos serviços essenciais. Os pacientes não podem viajar para os hospitais devido à escassez de combustível, e os preços dos alimentos estão subindo.

    Os trens foram reduzidos em frequência, forçando os viajantes a se espremerem em compartimentos e até mesmo sentar-se precariamente em cima deles enquanto se deslocam para o trabalho.

    O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe disse que o país entrou em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para reviver a economia.

    Esta semana, ele disse ao parlamento que as negociações com o FMI foram “difíceis”, pois eles entraram na discussão como um país “falido”, em vez de um país em desenvolvimento.

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