Protestos de Cuba tiveram grande adesão de jovens, devido às redes sociais
Desabastecimento de suprimentos essenciais é uma das principais razões das manifestações
Na última semana, Havana, capital de Cuba, registou os maiores protestos de rua, desde 1994. Trinta anos separam uma luta de outra, mas por trás de ambas, o desabastecimento continua sendo a principal causa.
Enquanto na década de 1990, a ilha sofreu com a falta de combustível, por conta de crise do Petróleo, agora, a razão da escassez é a pandemia de Covid-19. O turismo ficou paralisado e a arrecadação dos cofres públicos despencou. O setor de serviços, de bares, hotéis e restaurantes, compõe mais de 70% do PIB do país.
Os protestos desta semana tiveram grande adesão dos jovens e, mesmo que o acesso às mídias sociais ainda seja precário em comparação ao de países vizinhos, os atos foram organizados por aplicativos de mensagem on-line.
Para conter a convocação de novas marchas, autoridades cortaram o serviço de internet. Influenciadores chegaram a ser detidos acusados de organizar um levante contra o presidente Miguel Díaz-Canel, que está com a popularidade em baixa.