Prostitutas de Hamburgo, na Alemanha, pedem reabertura de bordéis
"A prostituição não carrega um risco maior do que outros serviços, como massagens, cosméticos ou até danças e esportes de contato" diz associação
Prostitutas da cidade de Hamburgo, na Alemanha, manifestaram no sábado (11) à noite pela reabertura da zona de bordéis da cidade. Os estabelecimentos estão fechados há meses por determinação do Estado, na tentativa de controlar o avanço do novo coronavírus.
Com lojas, restaurantes e bares abertos novamente na Alemanha, onde a prostituição é legal, trabalhadores do setor afirmam que estão sendo destacados e privados de exercer suas profissões.
“O ofício mais velho do mundo precisa da sua ajuda”, dizia um cartaz segurado por uma mulher na janela de um bordel na rua Herbertstrasse. Pela primeira vez desde março, o logradouro voltou a ser iluminado com suas tradicionais luzes vermelhas.
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A Associação de Trabalhadores do Sexo, que organizou o ato, afirmou que a manutenção do fechamento dos bordéis está forçando que prostitutas trabalhem nas ruas, o que é ilegal e muito mais perigoso e anti-higiênico.
Argumentou ainda que os bordéis podem facilmente implementar medidas de segurança adotadas por outras indústrias, incluindo a utilização de máscaras, ventilação dos ambientes e o registro dos contatos dos visitantes.
“A prostituição não carrega um risco maior do que outros serviços realizados com proximidade entre corpos, como massagens, cosméticos ou até danças e esportes de contato”, disse a associação em nota. “A higiene faz parte dos negócios da prostituição.”