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    Proposta para abolir polícia de Minneapolis não será mais votada em novembro

    Conselho Constitucional pede adiamento do texto por 90 dias e medida não estará mais entre proposições votadas junto da escolha presidencial

    Painel homenageia George Floyd em Minneapolis; proposta para desmantelar polícia da cidade foi adiada por mais 90 dias
    Painel homenageia George Floyd em Minneapolis; proposta para desmantelar polícia da cidade foi adiada por mais 90 dias Foto: Nicholas Pfosi - 4.jun.2020/ Reuters

    Omar Jimenez e Eric Levenson, da CNN

    A proposta do Conselho Municipal de Minneapolis – equivalente à Câmara de Vereadores – para desmantelar o departamento de polícia municipal não será votada em novembro, junto com as eleições presidenciais. Essa era a ideia inicial, mas a Comissão Constitucional pediu mais tempo para revisar o plano.

    Em junho, depois de um policial da cidade matar George Floyd durante uma abordagem, o Conselho Municipal votou pela remoção, na Constituição municipal, da obrigatoriedade de manter um departamento de polícia no município. Essa votação foi o primeiro passo em um longo processo para alterar a Carta da cidade.

    O Conselho propôs substituir o departamento de polícia por um Departamento de Segurança Comunitária e Prevenção da Violência – que forneceria uma “abordagem holística e orientada para a saúde pública” – e por uma Divisão de Aplicação da Lei.

    “Nos comprometemos em desmantelar o policiamento da forma que conhecemos na cidade de Minneapolis e a reconstruir nossa comunidade com um novo modelo de segurança pública que mantenha, de fato, nossa comunidade a salvo”, disse a presidente do Conselho, Lisa Bender, na época.

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    Mas na quarta-feira (5), em uma votação por 10 a 5, a Comissão Constitucional escolheu ampliar em 90 dias o prazo de revisão da proposta do Conselho. O atraso significa que a proposta perderá o prazo legal de 21 de agosto e não estará entre as proposições que os eleitores votarão em novembro, junto com as eleições presidenciais.

    A Comissão Constitucional de Minneapolis é uma agência estatal que supervisiona a execução da Carta da cidade. Seus 15 membros são nomeados pelo tribunal distrital, agindo por intermédio de um juiz principal.

    O presidente dessa Comissão disse que convocará uma reunião especial na próxima semana para desenvolver um plano de trabalho para os próximos 90 dias.

    As manobras legais fazem parte do debate mais amplo sobre o papel da polícia na sociedade americana. A morte de Floyd provocou protestos em todo o país sob a bandeira do movimento Black Lives Matter, e alguns ativistas pressionam para que os governos “diminuam o financiamento da polícia” e repensem a segurança pública.

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    No Twitter, Bender expressou sua decepção com a decisão recente. “O voto da Comissão Constitucional é decepcionante e cria barreiras à mudança, mas não interrompe nosso trabalho de re-imaginar a segurança pública em (Minneapolis)”, escreveu ela.

    “Nosso trabalho sempre foi e continua sendo multifacetado, incluindo um grupo de trabalho sobre o 911, estudo de pessoal do Departamento de Polícia, investimento na prevenção da violência e muito mais “, completou.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)