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    Projeto de lei sobre direito ao aborto nos EUA é derrotado no Senado

    Democratas tentaram aprovar a lei mediante um parecer iminente da Suprema Corte que deve derrubar a decisão Roe vs. Wade, de quase 50 anos, que estabeleceu o direito nacional à interrupção das gestações

    Senado dos Estados Unidos
    Senado dos Estados Unidos Getty Images/Bloomberg Creative

    Richard Cowanda Reuters

    Um projeto de lei que manteria o direito ao aborto nos Estados Unidos foi derrotado em votação no Senado nesta quarta-feira (11), em meio a uma forte oposição republicana.

    Os democratas tentaram aprovar a lei mediante um parecer iminente da Suprema Corte que deve derrubar a decisão Roe vs. Wade, de quase 50 anos, que estabeleceu o direito nacional ao aborto, mas a proposta nunca teve muita chance de sucesso.

    Com 49 votos a favor e 51 contra, a “Lei de Proteção à Saúde da Mulher” ficou 11 votos abaixo dos 60 necessários para ser levada a um debate completo no Senado.

    Todos os 50 republicanos votaram para bloquear o projeto. Eles tiveram ainda o apoio de um democrata, o senador Joe Manchin.

    Antes da votação, mais de duas dezenas de democratas da Câmara dos Deputados, principalmente mulheres, protestaram com passeata da Câmara ao Senado cantando “Meu corpo, minha decisão”. O grupo, então, entrou no Senado e sentou-se em silêncio ao longo de uma parede dos fundos enquanto os senadores debatiam o direito ao aborto.

    Apesar da derrota, os democratas esperam que a votação ajude a impulsionar seus candidatos à vitória nas eleições de meio de mandato de 8 de novembro, já que as pesquisas de opinião pública mostram profundo apoio entre os eleitores para Roe vs. Wade.

    Isso, por sua vez, poderia reforçar futuras tentativas de legalizar o aborto por meio de legislação.

    A batalha de décadas nos Estados Unidos sobre o direito ao aborto explodiu novamente na semana passada, quando a Suprema Corte confirmou a autenticidade de um rascunho que sinalizava que em breve derrubaria Roe vs. Wade.

    Tal decisão deixaria para cada estado determinar suas políticas de aborto.