Petro é investigado após denúncias de financiamento ilegal de campanha eleitoral
Caso acontece em um momento em que o 1º presidente de esquerda da Colômbia tenta aprovar projetos como reformas trabalhista, previdenciária e de saúde
A Procuradoria-Geral da Colômbia iniciou uma investigação sobre denúncias de financiamento ilegal da campanha eleitoral do presidente Gustavo Petro no ano passado, informou o gabinete da procuradoria em um comunicado na sexta-feira (9).
A investigação é a mais recente reviravolta em um escândalo político que desestabilizou o governo de Petro em um momento em que o primeiro presidente de esquerda da Colômbia tenta aprovar um trio de projetos no Congresso do país – reformas trabalhista, previdenciária e de saúde.
“[A investigação] vai apurar os possíveis autores de crimes relativos ao financiamento de campanhas eleitorais de fontes proibidas, violação de limites de financiamento eleitoral e outros que possam ser tipificados”, informou a Procuradoria-Geral em comunicado.
Petro negou qualquer irregularidade de financiamento, via Twitter. Um porta-voz do presidente não estava imediatamente disponível para comentar.
Petro aceitou as renúncias de sua ex-chefe de gabinete Laura Sarabia e do ex-embaixador na Venezuela Armando Benedetti na semana passada, depois que o gabinete do procurador-geral disse que dois ex-funcionários de Sarabia foram vítimas de escutas telefônicas ilegais depois que ela denunciou o roubo de 4.000 dólares de sua casa
Benedetti foi acusado de vazar informações de um dos ex-funcionários para a imprensa, o que ele nega. Sarabia também negou qualquer irregularidade.
Uma revista local posteriormente publicou mensagens de áudio que Benedetti teria enviado a Sarabia, que trabalhou para ele quando era congressista.
Em uma gravação, Benedetti usa frases que a mídia e os políticos interpretaram como relacionadas a irregularidades no financiamento de campanha, embora Benedetti tenha dito no Twitter que o áudio foi “manipulado”.
O Conselho Nacional Eleitoral disse em comunicado que convocou Benedetti e Sarabia para depor sobre as acusações em 13 de junho.