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    Príncipe Charles contesta alegação sobre suposta doação milionária recebida de irmãos Bin Laden

    Jornal Sunday Times, do Reino Unido, afirma que a fundação do herdeiro do trono britânico teria negociado um um acordo em 2013 para aceitar doação de 1 milhão de libras

    Max FosterXiaofei Xuda CNN

    Clarence House, a residência do príncipe Charles, contestou as alegações relatadas no Sunday Times do Reino Unido de que o herdeiro do trono negociou um acordo em 2013 para aceitar uma doação de 1 milhão de libras (aproximadamente R$ 6,3 milhões) dos meio-irmãos de Osama bin Laden.

    O Sunday Times, citando fontes não identificadas, informou que o príncipe Charles aceitou a doação de Bakr bin Laden e Shafiq bin Laden para o Fundo de Caridade do Príncipe de Gales (PWCF), apesar das objeções dos principais conselheiros na época.

    A Clarence House contestou essa afirmação no sábado (30), dizendo que a decisão de aceitar o dinheiro foi tomada pelos curadores da instituição de caridade, e não pelo príncipe Charles.

    “O Fundo de Caridade do Príncipe de Gales nos garantiu que a devida diligência foi realizada ao aceitar esta doação”, disse o comunicado da Clarence House.

    “A decisão de aceitar foi tomada apenas pelos curadores da instituição de caridade e qualquer tentativa de caracterizá-la de outra forma é falsa”.

    Bakr bin Laden é o ex-presidente da empresa de construção Saudi Binladin Group, com sede em Jeddah. Osama bin Laden foi removido como acionista da empresa familiar em 1993, quando Bakr bin Laden era presidente, mostram documentos judiciais dos EUA.

    Osama Bin Laden era o líder da Al Qaeda quando a rede executou os ataques de 11 de setembro em Nova York em 2001. Ele foi morto por forças especiais dos EUA em uma operação 10 anos depois.

    Nem Bakr nem Shafiq bin Laden têm ligações conhecidas com atividades terroristas ou aparecem em qualquer lista de sanções antiterroristas emitidas pelas Nações Unidas ou pelos governos dos EUA, UE e Reino Unido.

    De acordo com a reportagem do Sunday Times, o príncipe Charles garantiu os fundos após uma reunião com Bakr bin Laden e aceitou a doação, apesar da “objeção inicial dos conselheiros da Clarence House” e da PWCF.

    A PWCF também respondeu à reportagem do Sunday Times dizendo que “a doação do Sheik Bakr Bin Laden foi cuidadosamente considerada pelos curadores da PWCF. A devida diligência foi conduzida, com informações solicitadas de uma ampla gama de fontes, incluindo o governo”.

    Uma fonte real disse à CNN que eles contestaram as alegações do The Sunday Times de que o príncipe Charles aceitou pessoalmente a doação, que ele intermediou o acordo e que os conselheiros em torno do príncipe Charles pediram que ele devolvesse o dinheiro na época.

    Uma fonte próxima à PWCF disse que “após um exame minucioso das questões, os curadores concluíram que as ações de um membro da família Bin Laden não deveriam manchar toda a família“.

    O Sunday Times informou em junho que o príncipe Charles havia aceitado doações de caridade na forma de dinheiro do xeique Hamad bin Jassim bin Jaber Al Thani, ex-primeiro-ministro do Catar, entre 2011 e 2015.

    A Clarence House também contestou os detalhes do relatório de junho e disse que foram seguidos os “processos corretos” em termos de aceitação da doação.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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