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    Príncipe Andrew recebe intimação de processo por abuso sexual de menor de idade

    Herdeiro da realeza britânica é acusado de abusar sexualmente de Virginia Roberts Giuffre, quando ela tinha 17 anos

    Max FosterBrian VitaglianoLauren Said-Moorhouseda CNN

    O príncipe Andrew recebeu na segunda-feira (20) uma intimação sobre o caso de suposto abuso sexual que ele teria cometido. O processo chegou por meio do advogado da realeza britânica com base nos Estados Unidos e por e-mail, segundo relatórios do tribunal.

    Andrew, o segundo filho mais velho da rainha Elizabeth II e irmão do Príncipe Charles, é acusado de agressão sexual por Virginia Roberts Giuffre, que está processando o príncipe em Nova York.

    A defesa de Andrew havia dito anteriormente que ele não havia sido devidamente notificado sobre o processo, apesar da equipe jurídica de Virginia dizer que os papéis foram entregues na casa do príncipe em Windsor, na Inglaterra.

    Os documentos judiciais dos EUA, acessados pela CNN Internacional, mostram que os papéis legais foram entregues ao advogado do duque, Andrew B. Brettler, no escritório de advocacia Lavely and Singer, em Los Angeles, na manhã de segunda-feira.

    O documento do tribunal também mostra que a correspondência legal foi entregue ao Royal Courts of Justice, em Londres, no mesmo dia.

    Entenda o caso

    Virginia conta que o crimes teriam acontecido em Londres, Nova York, e nas Ilhas Virgens Americanas, e que Andrew sabia que ela tinha 17 anos na primeira vez. Ela teria contado que havia sido traficada pelo falecido criminoso sexual Jeffrey Epstein.

    Na ação, a defesa da norte-americana diz que o príncipe cometeu o crime na casa da britânica Ghislaine Maxwell, que também é ex-namorada de Jeffrey Epstein, acusado de comandar uma rede de tráfico sexual.

    Andrew, de 61 anos, negou sistematicamente as alegações, dizendo à BBC em 2019: “Não aconteceu. Posso dizer com toda a certeza que nunca aconteceu. Não me lembro de alguma vez ter conhecido essa senhora, absolutamente nenhuma.”

    Brettler, seu advogado, chamou o caso de “sem fundamento, inviável e potencialmente ilegal”.

    Seus advogados também dizem que um acordo de 2009 entre Virginia e Epstein liberou o duque de “toda e qualquer responsabilidade”, embora esse acordo tenha sido e permaneça selado.

    Ações contra o príncipe Andrew

    Na semana passada, o juiz distrital Lewis Kaplan dos EUA aprovou um pedido da equipe jurídica de Virginia para buscar meios alternativos de atender a uma ação judicial contra Andrew.

    Kaplan, aprovando o pedido na noite de quinta-feira, disse que “o serviço do advogado do réu nos Estados Unidos é razoavelmente calculado para trazer os papéis servidos à atenção do réu, independentemente de seu advogado nos EUA estar ‘autorizado’ a aceitar serviço em seu nome”.

    Um dos advogados de Virginia, David Boies, disse à CNN Internacional nesta terça-feira (21) que “estamos satisfeitos que a questão do serviço tenha ficado para trás e que possamos prosseguir para uma resolução das reivindicações da Sra. Giuffre.”

    A equipe jurídica de Andrew disse que não comentaria quando questionada pela CNN.

    (*Esse texto foi traduzido. Clique aqui para ler o original em inglês)

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