Príncipe Andrew aceita prestar depoimento sob juramento em março
Em processo, Virginia Giuffre alega que foi forçada a praticar atos sexuais com o membro da realiza britânica quanto tinha 17 anos
O príncipe Andrew concordou em prestar uma declaração sob juramento em 10 de março no Reino Unido como parte do processo civil contra ele, disse uma fonte próxima ao duque de York à CNN no sábado (5).
Virginia Giuffre, que alega ter sido traficada pelo financista Jeffrey Epstein e forçada a praticar atos sexuais com o príncipe aos 17 anos, “ainda não se comprometeu com uma data ou local para seu depoimento”, acrescentou a fonte.
O advogado de Giuffre, David Boies, disse no mês passado em um comunicado que sua equipe jurídica estava “ansiosa para confrontar o príncipe Andrew com suas negações e tentativas de culpar Giuffre por seu próprio abuso em seu depoimento e no julgamento”.
Boies e outro advogado representando Giuffre, Sigrid McCawley, conduzirão o depoimento, que deve durar dois dias, segundo o jornal Daily Telegraph. Andrew, de 61 anos, negou repetidamente as alegações de Giuffre.
O drama legal que se desenrola atualmente decorre de um processo civil que Giuffre abriu contra Andrew sob a Lei de Vítimas Infantis de Nova York, uma lei estadual promulgada em 2019 que expandiu o estatuto de limitações em casos de abuso sexual infantil para dar aos sobreviventes mais oportunidades de buscar justiça. Um advogado de Giuffre disse à CNN em agosto que o processo civil era para mostrar que “todos os autores de abuso devem ser responsabilizados”.
Depois que um juiz decidiu que o caso poderia prosseguir, Andrew negou formalmente as acusações e exigiu um julgamento com júri, de acordo com um processo legal no mês passado no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York.
Andrew tem até 14 de julho para responder a perguntas sobre o caso sob juramento. Se o caso não for resolvido, ele poderá enfrentar uma data de julgamento entre setembro e dezembro de 2022.
A revelação da data do depoimento ocorre quando a rainha Elizabeth II completou 70 anos no trono, e a batalha legal em andamento pairará sobre as celebrações do marco histórico da monarca ao longo do ano.
O caso pode ter grandes ramificações para o Palácio de Buckingham. Seria sem precedentes para um membro da realeza britânica se envolver em um processo civil muito público que atrairia a atenção de todo o mundo.
As alegações de longa data contra o terceiro filho da rainha já mancharam dramaticamente sua posição pública, e ele se afastou dos deveres reais no final de 2019. Ele também foi destituído de títulos militares e instituições de caridade no mês passado.
