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    Primeiro-ministro francês anuncia plano para flexibilizar confinamento no país

    O isolamento social salvou mais de 60 mil vidas no país. O retorno das atividades vai ser gradativo

    Fabrizio Neitzke , da CNN, em São Paulo

    O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, anunciou o plano do governo de desconfinamento progressivo, em um pronunciamento para a Assembléia Nacional na manhã desta terça-feira (28). O projeto depende de aprovação do parlamento.

    O premiê declarou que, embora o confinamento exercido até agora tenha salvo mais de 60 mil vidas, sua extensão pode representar um risco enorme de colapso econômico. 

    Uma primeira fase de relaxamento deve ser realizada por departamentos, a começar pelos menos afetados, no próximo dia 11 de maio. Uma outra etapa terá início no dia 2 de junho, com medidas que devem variar dependendo do avanço da pandemia.

    As escolas primárias devem reabrir, também de forma progressiva, a partir do dia 11. Entretanto, as aulas no ensino médio só devem ser retomadas em junho, quando a maioria dos estudantes já deveria estar de férias. 

    Edouard Philippe reafirmou sua intenção de realizar 700 mil testes por semana em todo o país, começando também no dia 11 de maio. Segundo ele, a pessoa que testar positivo para o vírus será convidada a se isolar em casa.

    “Nós precisaremos aprender a viver com o vírus. Ele irá continuar a circular entre nós”, disse o primeiro-ministro. “Pode não ser muito agradável, mas é um fato”, completou.

    Em seu discurso, Philippe também declarou o fim da temporada 2019/2020 dos esportes profissionais na França. Dessa forma, o campeonato francês de futebol, a Ligue 1, está encerrado, embora não estejam claras quais serão as consequências do anúncio em relação à tabela da competição e até mesmo aos cofres dos clubes e patrocinadores. A Liga de Futebol Profissional (LFP) já havia declarado sua intenção em dar continuidade aos campeonatos a partir de junho.

    Agora, o governo deve enfrentar resistência do parlamento para aprovar as medidas. O líder do principal partido de direita no país, Damien Abad, declarou que todos os deputados dos Republicanos (Les Républicains) irão se abster da votação.

    Já o partido de esquerda França Insubmissa (France Insoumise) deve votar contra, segundo o deputado Adrien Quatennens. Os parlamentares reclamam da falta de tempo para analisar e debater a proposta, além de discordarem com certas partes do plano.

    No último balanço, divulgado na noite de segunda-feira (26), a França contabiliza mais de 128 mil casos confirmados de coronavírus, com 23 mil mortes.

     

     

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