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    Primeiro-ministro do Peru renuncia por “motivos pessoais”

    Anibal Torres era visto como um dos aliados mais leais ao presidente Pedro Castillo, alvo de cinco investigações criminais

    Marco AquinoGabriel Araujoda Reuters

    O primeiro-ministro peruano, Anibal Torres, renunciou repentinamente na manhã desta quarta-feira (3), em meio a crescentes investigações criminais centradas no presidente Pedro Castillo, que ficou cada vez mais isolado após um ano no cargo.

    Torres disse no Twitter que sua renúncia se deve a “razões pessoais”. Advogado, Torres era visto como um dos aliados mais leais de Castillo.

    O presidente peruano supervisionou uma rotatividade sem precedentes em cargos de alto escalão do governo. Ele agora terá que nomear seu quinto primeiro-ministro desde que assumiu o cargo em julho passado, um movimento que muitas vezes vem com outras remodelações do governo.

    Ele também é alvo de cinco investigações criminais, incluindo duas que investigam se ele faz parte de uma “organização criminosa”.

    Os presidentes peruanos podem ser investigados enquanto estiverem no cargo, mas não podem ser acusados.

    Castillo chegou ao poder no ano passado com um partido marxista-leninista, assustando os investidores, mas desde então deu uma guinada pragmática e moderada, mantendo o principal ministério da economia nas mãos de um tecnocrata.

    Ele ainda não se pronunciou sobre a renúncia ou disse quando nomeará um substituto.

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