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    Presidente do Sri Lanka deixa Maldivas e vai a Singapura após fugir do país

    Rajapaksa estava nas Maldivas há um dia depois de fugir do Sri Lanka nas primeiras horas da quarta-feira; cresce a raiva em seu país de origem por sua recusa em renunciar formalmente

    O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, durante a COP26
    O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, durante a COP26 Andy Buchanan - Pool/Getty Images

    Iqbal AthasRhea Mogulda CNN

    O presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, fugiu das Maldivas a bordo de um voo para Singapura, disse à CNN uma fonte de segurança de alto escalão da cidade de Colombo, à medida que a raiva cresce em seu país de origem por sua recusa em renunciar formalmente.

    Ele deve chegar ao aeroporto de Changi, em Singapura, na noite desta quinta-feira (14), disse a fonte de segurança. Rajapaksa estava esperando para garantir um “jato particular” de um membro próximo da família em Colombo, mas isso “não se concretizou”, acrescentou a fonte.

    Rajapaksa deixou a capital das Maldivas, Malé, a bordo de um “voo saudita”, disse a fonte.

    A CNN acredita que a fonte estava se referindo ao voo 788 da Saudia, que deixou Malé às 11h30, horário local, na quinta-feira.

    Saudia é uma companhia de bandeira da Arábia Saudita.

    A CNN entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores de Singapura e da Arábia Saudita, mas não obteve resposta.

    Rajapaksa estava nas Maldivas há um dia depois de fugir do Sri Lanka nas primeiras horas da quarta-feira (13) – o mesmo dia em que disse que renunciaria.

    Mas até quinta-feira (14), nenhuma carta formal de renúncia havia sido recebida pelo presidente do parlamento do Sri Lanka, levantando questões sobre as intenções de um líder aparentemente autoexilado que nomeou o primeiro-ministro como presidente interino durante sua ausência de sua nação insular.

    Pouco depois de Rajapaksa deixar o país, manifestantes invadiram o escritório do presidente em exercício Ranil Wickremesinghe para exigir sua remoção. Wickremesinghe respondeu chamando um toque de recolher em todo o país durante a noite.

    Muitos manifestantes prometeram continuar a se manifestar até que os dois homens renunciem.

    Protestos Sri Lanka
    Protestos no Sri Lanka deixa feridos no país / (Photo by Pradeep Dambarage/NurPhoto via Getty Images)

    Um oficial militar de alto escalão disse à CNN que Wickremesinghe nomeou um comitê de comandantes das forças armadas para “restaurar a lei e a ordem” em todo o país.

    Na manhã desta quinta-feira, enquanto as questões giravam em torno do futuro do Sri Lanka, uma calmaria reinou nas ruas da capital comercial Colombo, de acordo com o superintendente sênior da polícia Nihal Thalduwa.

    Mas em todos os lugares há sinais de que o país continua no fio da navalha.

    Em meio à escassez incapacitante de combustível, veículos abandonados se alinham nas ruas perto de postos de gasolina. As pessoas não são mais capazes de dirigir para o trabalho, então elas andam de bicicleta. Alguns passaram a dormir em seus carros.

    A força policial do Sri Lanka disse que um policial ficou gravemente ferido durante os protestos e estava recebendo tratamento no hospital. Um sargento do exército também foi ferido, acrescentou.

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse nestaa quinta-feira estar acompanhando os eventos no Sri Lanka “muito de perto” e pediu uma “transição pacífica e democrática”.

    “É importante que as causas profundas do conflito e as queixas dos manifestantes sejam abordadas”, escreveu ele no Twitter. “Peço a todos os líderes do partido que adotem o espírito de compromisso para uma transição pacífica e democrática.”

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

    versão original