Presidente do México diz que EUA reconhecerem vitória de opositor venezuelano é “excesso”
Secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse em comunicado na quinta-feira (1°) que Edmundo González venceu eleição presidencial na Venezuela
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse nesta sexta-feira (2), durante uma coletiva de imprensa, que os Estados Unidos terem reconhecido o candidato da oposição venezuelana Edmundo González como o vencedor da eleição presidencial do país foi um “excesso”.
“Peço desculpas a Blinken [secretário de Estado dos EUA], mas esse não é o lugar deles, eles estão exagerando, isso não ajuda a coexistência pacífica e harmoniosa entre as nações”, acrescentou.
Ele também fez um pedido geral a todos os governos para que não realizem nenhum tipo de intervenção.
A declaração de López Obrador acontece após Argentina e Uruguai reconheceram González como o vencedor da eleição na Venezuela.
Os Estados Unidos rejeitaram a proclamação de Nicolás Maduro como presidente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e legisladores europeus e norte-americanos condenaram a forma como o governo venezuelano conduziu as eleições.
A oposição da Venezuela divulgou contagens detalhadas de atas em um site público. O governo do país ainda não compartilhou qualquer informação além do total nacional de votos para cada candidato.
O CNE legitimou, mais uma vez, a vitória do presidente Nicolás Maduro na tarde desta sexta-feira (2).
Segundo o presidente do Conselho, Elvis Amoroso, Maduro obteve 6,4 milhões de votos, ou 51,95%, enquanto o opositor Edmundo González obteve 5,3 milhões de votos, ou 43,18%, em um comunicado transmitido por uma televisão estatal.