Presidente do Irã diz apoiar “legítima defesa da nação palestina” após ataques do Hamas a Israel
Declarações de Ebrahim Raisi, ocorrem um dia depois de o grupo Hamas ter lançado um ataque surpresa por terra, ar e mar contra comunidades no sul de Israel
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, disse neste domingo (8) que o seu país “apoia a legítima defesa da nação palestiniana”, segundo a agência de notícias semi-oficial iraniana Mehr, que citou a mensagem.
“O regime sionista e os seus apoiadores são responsáveis por colocar em perigo a segurança das nações da região”, disse Raisi.
As suas declarações surgem apenas um dia depois de o grupo islâmico Hamas, classificado pelos Estados Unidos e pela União Europeia como grupo terrorista, ter lançado um ataque surpresa por terra, ar e mar contra comunidades no sul de Israel. O movimento ainda está ativo e levou o governo israelense a declarar estado de guerra.
Até o momento, ao menos 350 israelenses foram mortos nos ataques e 370 palestinos foram mortos em bombardeamentos de retaliação perpetrados por Israel.
O Irã é opositor de Israel e os dois países travam há muito tempo uma espécie de guerra por procuração, na qual grupos apoiados pelo Irã combatem as forças israelenses.
Israel acusa o Irã de apoiar o Hamas.
Vídeo: O Irã é a principal peça no tabuleiro do conflito em Israel, avalia especialista
Um funcionário da administração do presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou no sábado que ainda não está claro se o Irã desempenhou um papel direto nos ataques deste fim de semana a Israel, mas não há dúvidas de que o Hamas é financiado, equipado e armado pelo Irã.
Sobre o assunto, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse neste domingo que teve um telefonema com Raisi, que elogiou o ataque surpresa contra Israel.
Haniyeh expressou gratidão pela posição do Irã em relação à “resistência”, de acordo com um comunicado divulgado pelo Hamas.
A agência de notícias estatal iraniana IRNA disse neste domingo que Raisi conversou com Haniyeh por telefone e “revisou a situação em curso nas terras ocupadas”, mas sem fornecer mais detalhes ou corroborar estas declarações.