Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Presidente do COI defende participação russa nos esportes apesar de guerra na Ucrânia

    Thomas Bach afirmou que a política não pode fazer parte das competições esportivas e que os atletas não devem ser punidos por seus passaportes

    Karolos Grohmannda Reuters

    O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, defendeu nesta terça-feira (28) os planos de levar atletas russos e bielorrussos de volta às competições como neutros, dizendo que a participação deles “funciona” apesar da guerra em curso na Ucrânia.

    O COI sancionou a Rússia e Belarus após a invasão de fevereiro de 2022, mas agora almeja que os atletas voltem a competir em todos os esportes e tenham a chance de se classificar para as Olimpíadas de Paris 2024.

    A entidade estabeleceu um caminho para esses competidores ganharem vagas olímpicas por meio da qualificação asiática e deixou para as federações internacionais decidirem sobre a organização, mas tem enfrentado críticas, com a Ucrânia ameaçando boicotar os Jogos de Paris caso russos e belarrussos possam competir, mesmo como neutros.

    “A participação de atletas com passaportes russos e bielorrussos em competições internacionais funciona”, disse Bach em seu discurso no início da reunião do conselho executivo do COI em sua sede em Lausanne.

    “Vemos isso quase todos os dias em vários esportes, principalmente no tênis, mas também no ciclismo, em algumas competições de tênis de mesa.”

    “Em nenhuma dessas competições incidentes de segurança aconteceram”, disse ele.

    Russos e belarrussos têm competido como neutros em alguns esportes. A presença deles em alguns eventos, como torneios de tênis, provocou reações iradas de alguns atletas.

    Uma dezena de países boicotou o campeonato mundial de boxe feminino neste mês em protesto contra a presença deles no evento.

    Ainda nesta terça-feira, mais de 300 esgrimistas escreveram a Bach para pedir ao COI que reconsiderasse a permissão de seu retorno, chamando de “erro catastrófico” caso Rússia e Belarus possam voltar às competições.

    Bach disse que a política não pode fazer parte das competições esportivas e que os atletas não devem ser punidos por seus passaportes.

    “Não vamos conseguir chegar a uma solução que agrade a todos. Com isso talvez tenhamos que conviver.”

    Tópicos