Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Presidente de Portugal se reunirá com possível premiê de centro-direita após eleição

    Objetivo é agilizar negociações para formação de um novo governo de coalizão

    Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em Lisboa
    Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em Lisboa 09/11/2023REUTERS/Pedro Nunes

    Catarina Demonyda Reuters

    em Lisboa

    O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, deve se reunir nesta quarta-feira (20) com Luís Montenegro, o líder da Aliança Democrática (AD), de centro-direita, que venceu as eleições gerais de 10 de março por uma pequena margem, para nomeá-lo como chefe de um governo minoritário.

    O presidente de Portugal vem se reunindo com os líderes dos principais partidos políticos, um por vez, há mais de uma semana. Na tarde desta quarta-feira (20), ele deve encerrar os encontros com o líder da AD.

    Na terça-feira, ele se reuniu com Pedro Nuno Santos, do segundo colocado Partido Socialista, que disse acreditar que Montenegro será indicado para chefiar o governo.

    O partido de extrema-direita Chega ficou em terceiro lugar, quadruplicando sua representação parlamentar após fazer campanha com uma plataforma de governança limpa e anti-imigração.

    Montenegro tem dito repetidamente que não fará nenhum acordo com o Chega, cujo líder André Ventura exigiu um papel no governo em troca de apoio, o que significa que seu governo teria que negociar com outros partidos para aprovar legislações.

    As cédulas dos eleitores no exterior ainda estavam sendo contadas e os resultados provisórios devem ser anunciados ainda nesta quarta-feira (20), com mais quatro assentos parlamentares ainda a serem alocados.

    O presidente anunciará sua escolha de primeiro-ministro depois que todos os votos forem contados, o que pode ocorrer mais tarde nesta quarta.

    Até o momento, a AD conquistou 79 assentos na legislatura de 230 lugares, que deve realizar sua primeira sessão na próxima semana, seguida pelos 77 assentos dos socialistas e pelo Chega, com 48.

    O governo pode ser empossado na primeira semana de abril e deve apresentar seu programa ao Parlamento no prazo de 10 dias a partir dessa data, que será automaticamente aprovado, a menos que o Parlamento realize uma votação para rejeitá-lo.

    Os analistas esperam que um governo da AD tenha permissão para assumir o poder e consideram o orçamento de 2025 como seu primeiro teste de sobrevivência neste ano. Um orçamento rejeitado poderia levar a uma nova eleição.