Presidente de Belarus brinca com Putin e diz que mercenários do Wagner o “estressam” porque querem ir para a Polônia
Alexander Lukashenko disse a Putin, durante uma reunião em São Petersburgo neste domingo (23), que os mercenários do Grupo Wagner querem fazer "uma excursão" para o Ocidente
![O presidente russo Vladimir Putin (L) e o presidente bielorrusso Alexander Lukashenko (R) entram no salão durante o Conselho Econômico Eurasiano Supremo no Grande Palácio do Kremlin em 25 de maio de 2023 em Moscou O presidente russo Vladimir Putin (L) e o presidente bielorrusso Alexander Lukashenko (R) entram no salão durante o Conselho Econômico Eurasiano Supremo no Grande Palácio do Kremlin em 25 de maio de 2023 em Moscou](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2023/06/Lukashenkoeputin.jpg?w=720&h=478&crop=1)
O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, que os mercenários do Grupo Wagner que estão no país começaram a “estressá-lo”, porque querem “ir para o Ocidente” em “uma excursão”.
“Talvez eu não devesse ter dito isso, mas vou. Os mercenários do Wagner começaram a nos estressar. ‘Queremos ir para o Oeste. Vamos’, eles nos dizem”, disse Lukashenko a Putin durante uma reunião em São Petersburgo neste domingo (23).
“Por que você precisa ir para o Ocidente? ‘Bem, para fazer uma excursão a Varsóvia, a Rzeszow [na Polônia]’”, disse Lukashenko. “Eu os mantenho no centro, conforme combinado, de Belarus.”
Lukashenko é um aliado de Putin e aparentemente estava brincando com ele. Um vídeo mostrou Putin sorrindo com os comentários.
O grupo militar privado Wagner está em Belarus desde que Lukashenko ajudou a intermediar um acordo para acabar com a rebelião de curta duração do grupo contra Moscou. A Ucrânia diz que cerca de 5.000 combatentes estão no país.
Imagens mostram a destruição da guerra entre Rússia e Ucrânia
- 1 de 20
Veja imagens que mostram a destruição da guerra na Ucrânia após cerca de um ano e meio de conflito
Crédito: 30/06/2023 REUTERS/Valentyn Ogirenko - 2 de 20
Vista mostra ponte Chonhar danificada após ataque de míssil ucraniano, em Kherson, Ucrânia
Crédito: 22/06/2023Líder da região de Kherson Vladimir Saldo via Telegram/Handout via REUTERS - 3 de 20
Casas inundadas em bairro de Kherson, Ucrânia, quarta-feira, 7 de junho de 2023.
Crédito: Felipe Dana/AP - 4 de 20
Prédio destruído em Mariupol, na Ucrânia
Crédito: 14/04/2022 REUTERS/Pavel Klimov - 5 de 20
Área residencial inundada após o colapso da barragem de Nova Kakhovka na cidade de Hola Prystan, na região de Kherson, Ucrânia, controlada pela Rússia, em 8 de junho.
Crédito: Alexander Ermochenko/Reuters - 6 de 20
Imagens de drone obtidas pelo The Wall Street Journal mostram soldado russo se rendendo a um drone ucraniano no campo de batalha de Bakhmut em maio.
Crédito: The Wall Street Journal - 7 de 20
Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut
Crédito: Vista área da cidade ucraniana de Bakhmut em imagem de vídeo15/06/202393rd Kholodnyi Yar Brigade/Divulgação via REUTERS - 8 de 20
Socorristas trabalham em casa atingida por míssil, em Kramatorsk, Ucrânia
Crédito: 14/06/2023Serviço de Imprensa do Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia/Handout via REUTERS - 9 de 20
A cidade de Velyka Novosilka, na linha de frente, carrega as cicatrizes de um ano e meio de bombardeios.
Crédito: Vasco Cotovio/CNN - 10 de 20
Crateras e foguetes não detonados são uma visão comum na cidade de Velyka Novosilka, que foi atacada pelas forças russas.
Crédito: Vasco Cotovio/CNN - 11 de 20
Policial ucraniano dentro de cratera perto do edifício danificado por drone russo.
Crédito: Reprodução/Reuters - 12 de 20
Rescaldo de um ataque de míssil russo na região de Zhytomyr
Crédito: Bombeiros trabalham em área residencial após ataque de míssil russo na cidade de Zviahel, Ucrânia09/06/2023. Press service of the State Emergency Service of Ukraine in Zhytomyr region/Handout via REUTERS - 13 de 20
Danos à barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, são vistos em uma captura de tela de um vídeo de mídia social.
Crédito: Telegram/@DDGeopolitics - 14 de 20
Vista da ponte destruída sobre o rio Donets
Crédito: Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images - 15 de 20
Ataque com míssil mata criança de 2 anos e deixa 22 pessoas feridas na Ucrânia, diz governo
Crédito: Ministério da Defesa da Ucrânia/Divulgação/Twitter - 16 de 20
Foto tirada por ucraniana após ataques com drones russos contra Kiev. Drones foram abatidos, mas destroços provocaram estragos.
Crédito: Andre Luis Alves/Anadolu Agency via Getty Images - 17 de 20
Morador local de pé em frente a prédio residencial fortemente danificado durante o conflito Rússia-Ucrânia, no assentamento de Toshkivka, região de Luhansk, Ucrânia controlada pela Rússia
Crédito: 24/03/2023REUTERS/Alexander Ermochenko - 18 de 20
Soldados ucranianos disparam artilharia na linha de frente de Donetsk em 24 de abril de 2023.
Crédito: Muhammed Enes Yildirim/Agência Anadolu/Getty Images - 19 de 20
Ataque de mísseis russos atingem prédio residencial em Uman, na região central da Ucrânia
Crédito: Reuters - 20 de 20
Vista aérea da cidade ucraniana de Bakhmut capturada via drone
Crédito: 15/04/2023 Adam Tactic Group/Divulgação via REUTERS
Nesta semana, Belarus anunciou que suas forças realizarão exercícios com combatentes do Wagner perto da fronteira com a Polônia, aumentando as tensões.
Na sexta-feira (21), Putin, sem fornecer nenhuma prova, acusou a Polônia de querer anexar partes de Belarus, dizendo que qualquer agressão seria enfrentada com “todos os meios à nossa disposição”.
Os aliados ocidentais responderam da mesma forma, com a Alemanha prometendo publicamente que a Otan defenderia a Polônia, país membro da organização, se houver um ataque em seu flanco oriental pelas tropas do Grupo Wagner em Belarus.