Presidente da Ucrânia diz que Rússia está se preparando para bombardear Odessa
"Isso será um crime de guerra", disse Zelensky em um discurso televisionado
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse neste domingo (6) que as forças russas estão se preparando para bombardear a cidade de Odessa, na costa ucraniana do Mar Negro.
“Foguetes contra Odessa? Isso será um crime de guerra”, disse ele em um discurso televisionado.
Neste domingo um ponto de passagem de saída para civis que tentavam escapar do distrito de Irpin, a oeste de Kiev, capital da Ucrânia, foi atacado . A mídia internacional estava filmando no local quando o que parece ter sido um projétil de artilharia pousou. Na ocasião, um fluxo de pessoas estava passando pelo posto de controle. Ainda não há detalhes imediatos de vítimas.
[cnn_galeria active=”false” id_galeria=”708527″ title_galeria=”Local de retirada de civis perto de Kiev é atingido por ataque”/]
Moradores das cidades de Mariupol e Volnovakha, no sudeste da Ucrânia, esperam pela abertura de um corredor humanitário, previsto para hoje, segundo a agência de notícias estatal russa TASS.
O governador da região onde fica Mariupol também confirmou a informação, dizendo que a retirada de civis estava marcada para começar às 07h, no horário de Brasília
No sábado (5), a retirada de civis de Mariupol e Volnovakha, ambas na Ucrânia, foi adiada para este domingo (6) por conta de uma quebra do cessar-fogo da Rússia. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que é o garantidor da evacuação de civis, informou o adiamento.
Hospitais atacados
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou neste domingo que “vários ataques a centros de saúde” na Ucrânia foram realizados. A entidade ainda afirmou que investiga outras ofensivas militares contra hospitais no país.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou através das redes sociais que os ataques causaram várias mortes e feridos.
“Ataques a instalações de saúde ou trabalhadores violam a neutralidade médica e são violações do direito internacional humanitário”, pontuou ele.
Em seu breve post, Tedros não mencionou nominalmente a Rússia, que iniciou uma invasão na Ucrânia em 24 de fevereiro.