Premiê do Reino Unido promete reduzir imigração ilegal após novo recorde
Rishi Sunak afirma que medida de enviar imigrantes para Ruanda pode desmotivar novas entradas no país
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que as pessoas que entram ilegalmente no país só podem ser desmotivadas com a nova medida de enviá-las para Ruanda, país da África, após sua chegada.
A fala foi feita nesta quarta-feira (19), durante a campanha eleitoral para a eleição geral britânica de 4 de julho, enquanto a imigração ilegal atinge novos recordes.
O líder do partido Trabalhista, Keir Starmer, chamou a ação de “truque” e destacou que o atual governo conservador “perdeu o controle” das fronteiras do país.
Starmer acrescentou que, se ele for eleito, uma equipe de trabalho especializada reuniria funcionários da polícia, da agência de inteligência doméstica e promotores para trabalhar com agências internacionais para deter as gangues por trás do contrabando de pessoas.
Mais de 800 requerentes de asilo chegaram ao Reino Unido em pequenos barcos na terça-feira (18), o maior número em um único dia desde o final de 2022.
“Parar os barcos” e coibir a migração ilegal tem sido uma das principais promessas de Sunak, que está muito atrás do partido Trabalhista, de oposição, nas pesquisas eleitorais. Isso porque a imigração é uma grande preocupação para alguns eleitores.
Na semana passada, advogados representando o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) pontuaram em um tribunal britânico que enviar requerentes de asilo para Ruanda os colocava em risco, em um processo conhecido como “refoulement”, no qual requerentes de asilo são enviados para territórios em que podem ser ameaçados por diversos motivos, incluindo religião, raça, entre outros.
Os advogados também argumentaram com base em evidências anteriores que formaram uma parte importante do raciocínio da Suprema Corte do Reino Unido, quando o órgão decidiu no ano passado que o plano britânico era ilegal.