Premiê do Líbano diz que escalada da guerra em Gaza pode mergulhar Oriente Médio “no caos”
À medida que a guerra em Gaza se intensifica, o grupo radical islâmico libanês Hezbollah continua a disparar foguetes contra Israel, enquanto ataques aéreos israelenses têm atingido o sul do Líbano
O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, disse que uma escalada da guerra em Gaza poderia mergulhar toda a região “no caos”.
“Vejo que há uma verdadeira corrida entre um cessar-fogo em Gaza e a escalada [da guerra], porque a escalada não afetaria apenas o Líbano, e temo que a escalada se espalhe por toda a região, mergulhando o Oriente Médio no caos”, disse Mikati em uma entrevista em vídeo nesta segunda-feira (30) à AFPTV.
À medida que a guerra em Gaza se intensifica, o grupo radical islâmico do Líbano Hezbollah continua a disparar foguetes contra Israel. Ataques aéreos israelenses têm atingido o sul do Líbano.
Mikati disse que o seu país está no “coração da tempestade… mas sobreviveu a todas as guerras da região e, pelo contrário, o Líbano tem sido o mais resiliente”.
O Líbano também tem sido palco de protestos, nos quais milhares de pessoas manifestam seu apoio aos palestinos em Gaza após o cerco de Israel e os ataques aéreos constantes contra a região.
Catástrofe humanitária em Gaza
O número de pessoas mortas durante os ataques israelenses na Faixa de Gaza desde 7 de outubro aumentou para 7.950, informou no domingo (29) o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo grupo radical islâmico Hamas em Ramallah. Mais de 20 mil pessoas estão feridas.
Quase 73% dos mortos pertencem a populações vulneráveis, incluindo crianças, mulheres e idosos, de acordo com o relatório do ministério.
“Estamos lutando para que os brasileiros não sejam afetados pela catástrofe humanitária que assola Gaza”, disse o embaixador brasileiro na Palestina, Alessandro Candeas.
O governo tem enviado dinheiro para que os brasileiros possam garantir o mínimo para a sobrevivência. Os preços dos produtos na feira e nos mercados locais, no entanto, têm triplicado, às vezes quadruplicado. Todos estão sendo orientadas a estocar comida e produtos básicos.
O cerco importo por Israel tem causado a escassez de água, comida, medicamentos e eletricidade em Gaza.
No domingo, milhares de cidadãos invadiram armazéns e centros de distribuição da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) para pegar farinha e itens básicos de sobrevivência.