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    Eleições 2022

    Pré-candidatos à Presidência se manifestam sobre conflito entre Rússia e Ucrânia

    Russos lançaram uma invasão total nesta quinta-feira (24) sobre território ucraniano iniciando uma guerra na região

    Douglas Portoda CNN* , em São Paulo

    Os pré-candidatos à Presidência da República no Brasil se manifestaram sobre a invasão que a Rússia lançou na Ucrânia, desencadeando uma guerra na região.

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que está “totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia”. Segundo Bolsonaro, a Embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta para auxiliar os cerca de 500 brasileiros que vivem no país e todos que estejam temporariamente.

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que ninguém pode concordar com a guerra e ataques militares de um país contra o outro. “A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha.”

    O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) comunicou que no mundo atual não há mais guerra distante e de consequências limitadas. “Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido.”

    Sergio Moro (Podemos), ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, repudiou a “violação da soberania da Ucrânia” e criticou a manifestação do perfil da bancada do PT no Senado que condenava “condena a política de longo prazo dos EUA de agressão à Rússia e de contínua expansão da Otan em direção às fronteiras russas”. As postagens foram apagadas.

    “Critiquei a nota do PT sobre a invasão da Ucrânia. Mais uma vez é a ideologia prevalecendo sobre a realidade. Mais uma vez repudio fortemente a guerra e a violação da soberania da Ucrânia”, disse Moro.

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), alegou que é condenável a invasão da Ucrânia pela Rússia. “Ninguém ganha quando a violência substitui o diálogo. Muitos acabam pagando pelas decisões de poucos. O que está em jogo são milhões de vidas humanas. Mais do que nunca o mundo precisa de paz.”

    A senadora Simone Tebet (MDB) proclamou que “o mundo precisa ainda mais de paz neste momento de pandemia”. Reiterou que os efeitos do conflito na Ucrânia já são sentidos em todos os países. “A reação negativa das bolsas de valores e alta no preço do petróleo vão gerar recessão, mais inflação e mais fome no Brasil.”

    O deputado federal André Janones (Avante) disse que os ataques promovidos pela Rússia são inaceitáveis e condenáveis em todos os níveis. “A soberania da Ucrânia deve prevalecer, o mundo sequer superou a guerra contra a Covid e, agora mais do que nunca precisa de paz para se reestabelecer.”

    O presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), citou, por nota, que acompanha com crescente preocupação o agravamento do conflito entre as nações. Em sua visão, a magnitude da crise tem impacto de impacto político, econômico e social.

    “Consoante a política externa brasileira, que historicamente tem-se orientado pela busca da paz e pela solução negociada dos conflitos internacionais, como presidente do Congresso Nacional e, em nome de meus pares, reafirmamos a necessidade de um diálogo amplo, pacífico e democrático com vistas a uma rápida solução negociada que contemple os legítimos interesses das partes envolvidas.”

    O cientista político Felipe d’Avila (Novo) afirmou que o governo russo é “autocrata que não tem o mínimo apreço pela vida humana, extinguir a liberdade de expressão é apenas um detalhe”, após supostamente ter mandado prender uma ativista que convocou manifestações contra a invasão na Ucrânia.

    Os nomes dos pré-candidatos, com exceção do presidente Jair Bolsonaro, aparecem na ordem em que estão listados na mais recente pesquisa Ipespe para as eleições presidenciais, divulgada em 11 de fevereiro.

    Esta edição da pesquisa Ipespe foi realizada por telefone com 1.000 entrevistados entre os dias 7 e 9 de fevereiro de 2022, com pessoas de 16 anos ou mais de todas as regiões do país.

    A margem de erro máxima estipulada é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%. Ou seja, se 100 pesquisas fossem realizadas, ao menos 95 apresentariam os mesmos resultados dentro desta margem.

    A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-03828/2022.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    Mapa da Ucrânia
    Mapa da Ucrânia com destaque para as regiões de Donetsk e Luhansk / Foto: Reprodução/CNN Brasil

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
    (Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN)

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