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    Praias paradisíacas e águas cristalinas: o Egito não é só pirâmides e esfinges

    Nos últimos anos, o turismo do país se voltou para a extenso litoral debruçado sobre o Mar Vermelho, e trouxe preocupações com a preservação do meio ambiente.

    Da CNN

    A água azul turquesa, a enorme diversidade marinha, os resorts à beira-mar. Poderia ser a Sardenha, as ilhas gregas, ou o Caribe. Mas estamos falando do Egito, um país cujo turismo sempre esteve muito mais associado às histórias dos tempos dos faraós e aos passeios de camelo pelo deserto.

    Em tempos recentes, porém, a descoberta do litoral egípcio trouxe as hordas de turistas e fez crescer a preocupação com a preservação da região. 

    Dono de uma das maiores diversidades marinhas do mundo, com mais de 200 espécies de corais e 300 espécies de peixes, o país atrai muitas pessoas interessadas em atividades aquáticas, como mergulho ou kitesurf. Mas isso tudo tem consequências. É por isso que, cada vez mais, os próprios egípcios têm adotado medidas para reduzir o impacto do turismo no local.  

    Hossam Helmy é pioneiro no assunto. Em 1989 ele recebeu autorização para construir seu primeiro resort na região e, inicialmente, planejou uma grande construção. Percebendo o possível impacto ambiental, ele mudou sua rota. 

    “Se colocarmos 1.500 quartos nesta área, podemos esquecer a vida marinha”, diz ele. Então, ele optou por um empreendimento com capacidade para apenas 175 pessoas.

    “Não ficamos acima da capacidade. Não ter tantos quartos ou hóspedes é melhor para o recife. O mais importante é controlarmos as pessoas que estão usando o mar. Se gerenciarmos da maneira certa, salvaremos a vida marinha”, acredita ele. “Temos um tesouro aqui. Então temos que cuidar dele para não o perdermos.”

    A bióloga marinha Angela Ziltener também trabalha com essa mentalidade. Ela estuda os golfinhos chamados de “nariz-de-garrafa”. E essa região é ideal para estudá-los não apenas porque eles existem em abundância, como porque as águas claras facilitam sua observação. 

    Recentemente, ela descobriu indícios de que esses animais utilizam algumas espécies de corais para proteger a própria pele, esfregando seus corpos nos recifes.  

    Planeta CNN deste domingo (9) traz outros detalhes sobre a preservação da vida marinha na região e vai ao ar às 19h15.

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