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    Portugal prende homem após ameaça de bomba na sede de partido de extrema direita

    Polícia disse que nenhum dispositivo explosivo foi encontrado

    André Ventura, líder do partido português Chega
    André Ventura, líder do partido português Chega CHEGA TV

    Patricia Ruada Reuters

    A polícia portuguesa deteve nesta quinta-feira (23) um homem que ameaçou explodir a sede do partido de extrema direita Chega, e o enviou para avaliação psiquiátrica depois de não encontrar qualquer dispositivo explosivo com ele, informou uma autoridade policial.

    O incidente ocorre após a tentativa de assassinato do primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, na semana passada, o que aumentou as preocupações com a segurança de políticos em meio a uma crescente polarização e animosidades em todo o continente europeu antes das eleições para o Parlamento Europeu, em 9 de junho.

    O policial Sérgio Soares disse à Reuters que membros da corporação tinham respondido a uma chamada sobre um homem que entrou na sede do partido Chega, em Lisboa, com um suposto dispositivo explosivo escondido em sua mochila.

    “Interceptamos um homem, que tem 59 anos, chamamos a equipe de desativação de explosivos e os cães, que não encontraram explosivos, e o indivíduo foi levado a um hospital. Ele está conversando de forma incoerente”, disse Soares.

    O partido Chega, que é anti-imigração e populista, quadruplicou sua representação parlamentar nas eleições de 10 de março, e é agora a terceira força da legislatura federal, depois dos social-democratas, de centro-direita e que lideram o governo, e dos socialistas, de centro-esquerda e atualmente na oposição.

    O líder do Chega, André Ventura, que estava viajando no momento do incidente, disse a repórteres que foi informado sobre um homem que queria matá-lo.

    “É lamentável que esta escalada de violência continue. Vamos reavaliar a segurança que temos em nossa sede”, afirmou.

    O porta-voz da legenda afirmou que o incidente “é resultado do clima de ódio e de cultura do cancelamento criado pela extrema esquerda”.

    Após o ataque a tiros contra Fico, a polícia portuguesa afirmou que não havia necessidade de aumentar a segurança dos políticos no país.