Portugal libera infectados por Covid-19 para votar nas eleições deste domingo
Autoridades pediram às pessoas com coronavírus que votem entre às 18h e às 19h
Os organizadores das eleições portuguesas estão tomando precauções extras de segurança neste sábado depois que o governo decidiu permitir que eleitores infectados com o coronavírus saíssem do isolamento e votassem pessoalmente junto com todos os outros.
Com cerca de um décimo da população de 10 milhões de habitantes de Portugal agora em isolamento devido ao Covid-19, o governo decidiu na semana passada suspender as restrições para a votação de domingo.
Em conferência de imprensa nesta sábado (29), a comissão eleitoral disse que “foram reunidas todas as condições para que a votação ocorra em absoluta segurança”.
Como muitos países europeus, Portugal está enfrentando infecções recordes, embora a vacinação generalizada tenha mantido mortes e hospitalizações mais baixas do que em ondas anteriores.
As autoridades pediram às pessoas com Covid-19 que votem entre às 18h e às 19h, mas a recomendação de horário não é obrigatória. Não haverá áreas designadas para eleitores infectados.
Os funcionários que montaram um local de votação em uma oficina de automóveis na freguesia de Santo Antonio, em Lisboa, colocaram adesivos no chão no sábado para incentivar o distanciamento social. Os eleitores receberão uma máscara facial antes de entrar.
O presidente da paróquia, Vasco Morgado, disse estar preocupado que alguns eleitores não infectados possam ter medo de aparecer.
“As pessoas que trabalham nas assembleias de voto também estão se colocando em risco pelo bem da democracia”, disse ele.
Sofia Mantua, 27, está tomando todas as precauções para votar no domingo, inclusive levando sua própria caneta. Teria sido melhor se os infectados votassem em um dia diferente, disse ela.
“É sempre difícil administrar… acho que deveria ter sido planejado (com antecedência) porque sabíamos que ainda estávamos em uma pandemia”, disse Mantua.
A eleição está aberta, já que os socialistas no poder continuam perdendo a liderança nas pesquisas de opinião para o principal partido da oposição, os social-democratas de centro-direita.