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    Porta-voz de saúde pública dos EUA pede selos de advertências nas mídias sociais

    Objetivo de rótulos de alerta seria conscientizar usuários sobre riscos oferecidos pelas plataformas para adolescentes e crianças

    Kanishka SinghSheila Dangda Reuters , Washington

    O cirurgião-geral dos Estados Unidos, Vivek Murthy, pediu nesta segunda-feira (17) a inclusão de um rótulo de advertência nos aplicativos de mídia social como um lembrete sobre os danos que essas plataformas têm causado aos jovens, especialmente aos adolescentes.

    No governo americano, o cirurgião-geral é como um porta-voz de saúde pública que faz recomendações e alertas sobre temas que interessam à população.

    Em um artigo de opinião publicado no New York Times, Murthy escreveu que um rótulo de advertência, por si só, não tornará as mídias sociais seguras para os jovens, mas que pode aumentar a conscientização e mudar o comportamento, conforme demonstrado em evidências de estudos sobre o tabaco.

    O Congresso dos EUA precisaria aprovar uma legislação que exigisse esse rótulo de advertência.

    Os defensores dos jovens e os parlamentares há muito tempo acusam as plataformas de mídia social, como Facebook, Instagram, TikTok e Snapchat, de terem efeito nocivo sobre as crianças, incluindo a redução da capacidade de atenção, a promoção de imagens corporais negativas e a vulnerabilidade a agressores e predadores online.

    “É hora de exigir um rótulo de advertência do cirurgião-geral nas plataformas de mídia social, declarando que a mídia social está associada a danos significativos à saúde mental dos adolescentes”, escreveu Murthy nesta segunda-feira.

    TikTok, Snap e Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, não responderam aos pedidos de comentários.

    Os CEOs dessas três empresas, juntamente com a plataforma de mídia social X e o aplicativo de mensagens Discord, foram questionados por senadores dos EUA em janeiro durante uma audiência sobre segurança infantil online, com o senador republicano Lindsey Graham acusando os executivos de terem “sangue nas mãos” por não protegerem os jovens usuários de predadores sexuais.

    Alguns Estados dos EUA têm trabalhado para aprovar legislação para proteger os menores dos efeitos nocivos da mídia social, como ansiedade, depressão e outras doenças mentais.

    Os parlamentares do Estado de Nova York aprovaram este mês uma legislação que proíbe as plataformas de mídia social de expor conteúdo algorítmico “viciante” a usuários menores de 18 anos sem o consentimento dos pais.

    Em março, o governador da Flórida, Ron DeSantis, sancionou um projeto de lei que proíbe o acesso de menores de 14 anos às plataformas de mídia social e exige que os jovens de 14 e 15 anos obtenham o consentimento dos pais.

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