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    Por que o reconhecimento de regiões controladas por separatistas é significativo

    Putin assinou decretos reconhecendo a independência de duas regiões controladas por separatistas na Ucrânia: Donetsk e Luhansk

    Tamara QiblawiNathan HodgeIvana KottasováKylie Atwoodda CNN

    O presidente russo, Vladimir Putin, assinou decretos reconhecendo a independência de duas regiões controversas controladas por separatistas na Ucrânia, a República Popular de Donetsk e a República Popular de Luhansk, em uma cerimônia transmitida pela televisão estatal.

    Isso gerou grande repercussão na diplomacia internacional, com vários líderes falando em impor sanções contra a Rússia.

    O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prometeu anteriormente “uma resposta rápida e firme” do país e aliados se a Rússia reconhecer as regiões como parte do território russo, chamando tal medida de “violação grosseira do direito internacional”.

    Eis por que o reconhecimento das regiões controladas pelos separatistas é significativo:

    A guerra eclodiu em 2014, depois que rebeldes apoiados pela Rússia tomaram prédios do governo em vilas e cidades do Leste da Ucrânia. Os intensos combates deixaram partes de Luhansk e Donetsk, no Leste da região de Donbas, nas mãos dos separatistas. A Rússia também anexou a Crimeia da Ucrânia em 2014, um movimento que provocou condenação global.

    As áreas controladas pelos separatistas em Donbas ficaram conhecidas como a República Popular de Luhansk (LPR) e a República Popular de Donetsk (DPR). O governo ucraniano em Kiev afirma que as duas regiões estão de fato ocupadas pelos russos.

    As repúblicas autodeclaradas não eram reconhecidas por nenhum governo. O governo ucraniano se recusa a falar diretamente com qualquer uma das repúblicas separatistas.

    O acordo de Minsk de 2015 levou a um cessar-fogo instável, e o conflito se estabeleceu em uma guerra estática ao longo da Linha de Contato que separa o governo ucraniano e as áreas controladas pelos separatistas. Os Acordos de Minsk (em homenagem à capital da Bielorrússia, onde foram celebrados) proíbem armas pesadas perto da Linha de Contato.

    A linguagem em torno do conflito é fortemente politizada. O governo ucraniano chama as forças separatistas de “invasores” e “ocupantes”. A mídia russa chama as forças separatistas de “milícias” e sustenta que são locais se defendendo contra o governo de Kiev.

    Mais de 14 mil pessoas morreram no conflito em Donbas desde 2014. A Ucrânia diz que 1,5 milhão de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, com a maioria permanecendo nas áreas de Donbas que estão sob controle ucraniano e cerca de 200 mil reassentados na região de Kiev.

    *com informações de Jennifer Hansler, da CNN

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