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    Polônia agiu com “contenção total” após explosão, diz embaixador na ONU

    O embaixador da Polônia na ONU, Krzysztof Szczerski, disse que o país lançou uma investigação "extensiva e multifásica" logo após o incidente

    Mohammed TawfeeqTara Subramaniamda CNN

    O embaixador da Polônia nas Nações Unidas disse que o país agiu com “contenção total” depois que um suposto míssil de fabricação russa caiu dentro de suas fronteiras na terça-feira (15), matando dois cidadãos poloneses e provocando temores de uma escalada na guerra da Rússia contra a Ucrânia.

    Durante discurso no Conselho de Segurança da ONU, na quarta-feira (16), Krzysztof Szczerski disse que a Polônia lançou imediatamente uma “extensiva investigação multifásica” sobre o incidente, que Varsóvia, a capital polonesa, e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disseram ter sido provavelmente causado por um míssil disparado por forças ucranianas que defendiam seu país contra ataques russos.

    “A Polônia também está conduzindo consultas intensivas sobre o incidente com seus aliados e principais parceiros da Otan”, disse ele, observando que o incidente levou o país a aumentar a prontidão de combate de uma unidade das forças armadas focada no monitoramento do espaço aéreo.

    Dois fazendeiros morreram quando o míssil causou uma explosão fora da vila rural de Przewodow, no leste da Polônia, cerca de 6,4 km a oeste da fronteira ucraniana.

    O incidente de terça-feira marca a primeira vez que um país da Otan foi atingido diretamente durante o conflito de quase nove meses, e levou a uma reunião de emergência de embaixadores da aliança militar liderada pelos Estados Unidos em Bruxelas, na quarta-feira.

    Szczerski disse que o incidente “nos ensina o quão perto realmente vivemos da escalada potencial da guerra da Rússia contra a Ucrânia e de consequências de longo alcance que todos podemos perceber”.

    Ele acrescentou que as duas vítimas polonesas “não teriam sido mortas se não houvesse uma guerra russa contra a Ucrânia”.

    “A única falha deles foi o fato de viverem perto da infraestrutura civil no lado ucraniano da fronteira que a Rússia continua atacando como alvo militar”, disse ele.

    O chefe da Otan, Jens Stoltenberg , disse que a Rússia tem “a responsabilidade final” pelo incidente, “enquanto continua sua guerra ilegal contra a Ucrânia”.

    A explosão ocorreu quase ao mesmo tempo em que a Rússia lançou a maior onda de ataques com mísseis contra cidades ucranianas em mais de um mês, visando predominantemente a infraestrutura de energia.

    O embaixador polonês repetiu a avaliação inicial de seu país de que o incidente parece não ter sido intencional.

    “As descobertas iniciais apoiam a hipótese de que o evento não foi um ataque deliberado. Mas, naturalmente, precisamos esperar pela conclusão final até que a investigação termine”, disse Szczerski ao Conselho de Segurança da ONU.

    As investigações no local onde o míssil caiu continuarão sendo uma operação conjunta com os Estados Unidos, disse o presidente polonês, Andrzej Duda, na quarta-feira. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu que especialistas ucranianos tenham permissão para entrar no local.

    O Conselho de Segurança Nacional dos EUA disse que tem “total confiança” na investigação polonesa sobre a explosão e que a “parte responsável final” pelo incidente é a Rússia por sua invasão em andamento.

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