Político conservador do Reino Unido renuncia após admitir assistir pornografia no Parlamento
Neil Parish entrou no site por duas vezes e afirmou que a primeira vez foi um engano, mas que na segunda vez foi intencional
Um membro do Partido Conservador do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, Neil Parish, do Parlamento inglês, afirmou neste sábado (30) que vai renunciar depois de admitir que assistiu duas vezes pornografia na Câmara dos Comuns.
Parish disse à BBC que a primeira vez que viu o material explícito foi um acidente depois de pesquisar on-line por veículos agrícolas. A segunda vez foi deliberada e um “momento de loucura”, disse o homem de 65 anos.
O governo de Johnson está atualmente envolvido em vários escândalos, poucos dias antes das eleições locais importantes. O próprio primeiro-ministro foi multado pela polícia por violar suas próprias regras da Covid-19 durante o lockdown de 2020 e enfrenta uma investigação sobre se ele enganou o Parlamento sobre festas em Downing Street.
Na semana passada, seu partido foi acusado de ter um sério problema de misoginia, depois que um de seus membros afirmou anonimamente a um jornal que Angela Rayner, vice-líder do Partido Trabalhista de oposição, distraiu Johnson na Câmara dos Comuns cruzando e descruzando as pernas, semelhante ao personagem de Sharon Stone no filme “Instinto Selvagem”.
Parish admitiu no sábado que seu comportamento no Parlamento foi “totalmente errado”. “A situação era que eu, curiosamente, eram tratores que eu estava olhando. E então eu entrei em outro site que tinha um nome muito parecido. E eu assisti por um tempo que eu não deveria ter feito”, declarou o político inglês.
“Meu maior crime é que em outra ocasião eu fui pela segunda vez. E isso foi deliberado”, acrescentou.
A associação conservadora local do político em Tiverton e Honiton, no oeste da Inglaterra, informou em um comunicado neste sábado que “iriam de aproveitar esta oportunidade para agradecer a Neil Parish por seu serviço às nossas comunidades nos últimos doze anos como nosso membro do Parlamento”.