Política feminista francesa é criticada por posar para capa da Playboy
Capa da Playboy será acompanhada por uma entrevista de 12 páginas na qual Marlène Schiappa, autora de legislação que proíbe assédio nas ruas, fala sobre os direitos LGBT e das mulheres
A ministra júnior de Assuntos Sociais da França, Marlène Schiappa, está enfrentando críticas de seu próprio partido por posar com um vestido branco para a capa da Playboy, com a mídia francesa relatando que a primeira-ministra Elisabeth Borne ligou para Schiappa para expressar descontentamento.
O furor ocorre em um momento de agitação social no país, com o governo enfrentando uma grande reação contra a reforma previdenciária.
A capa da Playboy será acompanhada por uma entrevista de 12 páginas na qual Schiappa, autora de legislação que proíbe assédio nas ruas, fala sobre os direitos LGBT e das mulheres.
“Defender o direito da mulher de ter o controle do corpo, isso está em todo lugar e o tempo todo. Na França as mulheres são livres. Com todo respeito aos detratores e hipócritas”, disse Schiappa ao se defender no Twitter durante o fim de semana.
Borne ligou para Schiappa para dizer que a entrevista “não era apropriada, ainda mais no período atual”, informou o jornal francês Le Parisien no fim de semana.
O líder do partido de oposição de extrema-esquerda La France Insoumise, Jean-Luc Mélenchon, que ficou em terceiro lugar nas eleições presidenciais de 2022, tuitou: “A França está saindo dos trilhos”, citando a capa de Schiappa na Playboy e a decisão do presidente Emmanuel Macron de conceder uma entrevista à revista infantil Pif Gadget.
A edição da Playboy está disponível para compra a partir de 8 de abril, de acordo com o Le Parisien.