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    Polícia israelense e palestinos entram em confronto em funeral de jornalista

    Uma bomba flash e gás lacrimogêneo foram disparados, segundo repórteres da CNN

    Atika Shubertda CNNAbeer Salmanda CNN*

    Pessoas em luto lotaram as ruas de Jerusalém nesta sexta-feira (13) para assistir ao enterro da jornalista veterana da Al Jazeera Shireen Abu Akleh, que foi morta a tiros na quarta-feira (11) enquanto cobria um ataque militar na cidade de Jenin, na Cisjordânia.

    Eles foram recebidos com violência pela polícia israelense enquanto tentavam carregar o caixão a pé. O funeral estava ocorrendo um dia depois de uma procissão memorial que levou milhares de pessoas à cidade de Ramallah, na Cisjordânia.

    Centenas se reuniram nesta sexta-feira antes do funeral do lado de fora do hospital St. Joseph em Jerusalém Oriental, onde o corpo de Abu Akleh permaneceu até o enterro.

    Os muçulmanos realizaram as orações de sexta-feira e gritaram “andando, andando a pé”, exigindo que o caixão de Abu Akleh fosse carregado e transportado a pé do hospital para a Igreja Ortodoxa Grega, onde um serviço será realizado, e depois para o local do enterro.

    A polícia israelense estava alinhada do lado de fora do hospital, segundo repórteres da CNN. Bloqueios policiais foram montados perto do hospital.

    Os enlutados levaram o caixão de Abu Akleh para fora do hospital, mas encontraram forte resistência da polícia israelense, que os obrigou a transportar o corpo de carro. Uma bomba e gás lacrimogêneo foram disparados, segundo repórteres da CNN.

    Imagens ao vivo da Al Jazeera mostraram a polícia israelense espancando quem estava na caminhada com cassetetes enquanto eles lutavam para carregar o caixão de Abu Akleh. O corpo, por sua vez, foi levado de volta ao hospital e depois transportado de carro, disse a Al Jazeera.

    A jornalista palestino-americana da Al Jazeera, de 51 anos, era uma voz proeminente em todo o mundo árabe, entregando o que muitos disseram ser “a voz do sofrimento palestino” e suas “aspirações de liberdade”.

    Ainda não se sabe o que motivou a morte. A Autoridade Palestina negou na quinta-feira (12) a oferta de Israel de uma investigação conjunta, insistindo em um processo independente e prometendo julgar os acusados ​​de seu assassinato no Tribunal Penal Internacional (TPI).

    O primeiro-ministro palestino, Mohamed Shtayyeh, disse à Al Jazeera na quinta-feira que os resultados de sua investigação serão divulgados em breve e incluirão o relatório da autópsia.

    Israel diz que está investigando a morte de Abu Akleh. Questionado pela CNN sobre como ela foi morta, o porta-voz internacional da Forças de Defesa de Israel (IDF), Amnon Shefler, disse na quinta-feira que “simplesmente não sabemos ainda” quem atirou nela.

    Investigadores militares israelenses confiscaram as armas de algumas tropas da IDF como parte de sua investigação, informou o Washington Post na quinta-feira, citando um oficial não identificado das IDF. As armas foram levadas para que possam ser disponibilizadas para testes de balística, disse o funcionário.

    Givara Al-Buderi, correspondente da Al Jazeera e amiga pessoal de Abu Akleh, disse que viu o ferimento de uma bala logo acima da sobrancelha direita e foi informada pelo médico que uma parte da bala permaneceu alojada no crânio de Akleh.

    Al-Buderi foi chamada por médicos para ajudar a tirar as roupas de Abu Akleh e trocá-la para o funeral.

    “Nós tiramos a roupa dela e tivemos que colocar um vestido branco nela”, disse Al-Buderi à CNN, “tentei colocar minha mão atrás da cabeça, mas não havia nada lá.

    “Eu tateei ao redor, mas não havia nada, nada mais.”

    Com informações de Nadeen Ebrahim, Mostafa Salem e Celine Alkhaldi em Abu Dhabi

     

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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