Paris: polícia diz que mulher baleada ameaçou pessoas no metrô: “Vocês todos vão morrer”
Mulher foi baleada no abdômen, ficou gravemente ferida e foi levada para um hospital; há risco de morte
A mulher baleada pela polícia em uma estação de metrô de Paris nesta terça-feira (31) se comportava de maneira ameaçadora e gritava “vocês todos vão morrer”, conforme relatou Laurent Nunez, chefe da polícia de Paris.
A França está no estado de alerta máximo após o assassinato de um professor num suposto ataque islâmico em 13 de outubro, que as autoridades associaram ao que chamaram de “atmosfera jihadista” ligada à guerra Israel-Gaza.
A mulher foi baleada na estação Biblioteca François-Mitterrand. Os passageiros relataram que ela “pronunciou comentários agressivos e jihadistas”, segundo disse o porta-voz do governo, Olivier Veran.
Quando a polícia chegou, “puxaram a mulher para o lado e primeiro pediram-lhe que se acalmasse, mas também que mostrasse as mãos para mostrar que não representavam nenhum perigo particular”, acrescentou.
“O que aconteceu então foi que os agentes da lei não tiveram outra opção senão abrir fogo contra esta mulher, dado o perigo da situação.”
O Corpo de Bombeiros, que prestou atendimento de emergência à mulher, disse que ela levou um tiro no abdômen. Ela foi transferida para um hospital próximo, onde estava recebendo tratamento, relatou o chefe de polícia Nunez. Ele disse ainda que vida ela corre risco de morte.
Nunez disse que a identidade da mulher ainda não foi confirmada, mas que ela poderia ser a mesma pessoa que em 2021 ameaçou patrulhas urbanas da operação antiterrorista Sentinelle e foi colocada em uma enfermaria psiquiátrica por problemas de saúde mental.
“Esta pessoa recusou-se a cumprir a intimação e a polícia disparou as suas armas”, disse Nunez, acrescentando que a situação era “extremamente ameaçadora”. A imprensa francesa disse que a mulher ameaçou se explodir. Ela mulher não possuía explosivos no momento em que foi baleada, disse Nunez.
A estação de metrô, na linha RER C, foi evacuada após o incidente, disse a polícia.
Foram abertas duas investigações, uma contra a mulher e outra sobre uso de armas pela polícia.
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Com reportagem de Tassilo Hummel, Dominique Vidalon, Michel Rose e Sudip Kar-Gupta e edição de Ingrid Melander, John Stonestreet, Ed Osmond e Tomasz Janowski