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    Pesquisa CNN: Maioria dos americanos acha que Trump agiu irresponsavelmente

    60% dos entrevistados desaprovam atitude do presidente em relação à pandemia

    Jennifer Agiesta, diretora de pesquisas da CNN

    Dois terços dos americanos acham que o presidente Donald Trump lidou de maneira irresponsável com o risco de infectar outras pessoas ao seu redor com o novo coronavírus, diz nova pesquisa da CNN conduzida pela SSRS nos dias após o anúncio de que o presidente contraiu o vírus que desestabilizou o cotidiano de milhões de pessoas por mais de um semestre. 

    Com Trump internado no centro médico militar Walter Reed, 69% dos americanos dizem confiar pouco nas informações da Casa Branca sobre a saúde do presidente, com apenas 12% dizendo que confiam quase totalmente. 

    A desaprovação em relação a como o presidente lida com a pandemia do novo coronavírus também atingiu nova alta, com 60% dizendo que desaprovam. Adicionalmente, 63% disseram que ele ter contraído a doença provavelmente não irá mudar nada em relação à maneira que ele lida com a pandemia. 

    Questões sobre o diagnóstico de Trump foram acrescentadas à pesquisa que já estava em progresso na sexta-feira (2).

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    Ao todo, a taxa de aprovação de Trump na pesquisa ficou em 40%, enquanto 57% desaprovam. A desaprovação subiu desde os 53% registrados no começo de setembro. 

    Cerca de um terço (32%) dizem estar preocupados com a habilidade do governo de continuar funcionando enquanto Trump está doente, com preocupação maior entre democratas (48% muito ou consideravelmente preocupados) do que independentes (30%) e republicanos (15%).

    A maioria, 62%, acredita que o vice-presidente Mike Pence é qualificado para lidar com a presidência caso seja necessário, enquanto 35% dizem que não. Essas perspectivas são profundamente influenciadas por partido. Enquanto 93% dos republicanos acham que Pence é qualificado, apenas 38% dos democratas concordam. 

    O ponto de vista que Trump agiu de maneira irresponsável em relação ao risco de contaminar outros com o novo coronavírus atravessa a maior parte das linhas demográficas, e é particularmente forte entre grupos que podem ser essenciais para a candidatura de Trump à reeleição. Entre mulheres, 72% dizem que ele agiu irresponsavelmente. A porcentagem fica em 66% entre os que tem mais de 65 anos, mesma taxa entre os independentes, e 65% entre brancos com ensino superior completo. 

    Os apoiadores do presidente (79%) e os republicanos (76%) são os únicos grupos em que a maioria acredita que Trump agiu com responsabilidade. 

    Desconfiança em relação às informações da Casa Branca em sobre a saúde do presidente também está presente na maioria das linhas demográficas, e novamente, republicanos (65%) e eleitores de Trump (66%) são alguns dos poucos grupos em que a maioria acredita em quase tudo que ouvem sobre a saúde de Trump. 

    Há um ponto comum entre os dois partidos, no entanto, de que o diagnóstico de Trump não irá mudar a maneira que ele lida com a pandemia. A maior parte dos democratas (70%), independentes (59%) e republicanos (62%) concordam com a afirmação. 

    O aumento na desaprovação da atitude de Trump em relação ao novo coronavírus vem mais da parte de mulheres (de 63% a 69% que desaprovam) do que homens (48% mês passado, 51% agora), e mais entre pessoas não-brancas (de 65% para 73%) do que entre brancas (52% então e 53% agora), e cresceu entre idosos (de 57% a 62%) e entre aqueles com menos de 35 anos (de 59% para 67%), enquanto se manteve estável entre aqueles com idade entre 35 e 64. 

    A maior parte dos americanos entrevistados após o diagnóstico de Trump dizem que os debates previstos devem acontecer; 59% disseram que sim e 36% que não, com democratas mais inclinados a dizerem não (49%) do que independentes (39%) ou republicanos (17%).

    Americanos estão divididos igualmente sobre se o pior da pandemia do novo coronavírus já passou (48%) ou que ainda está por vir (47%). No começo de setembro, as opiniões tendiam a acreditar que o pior já havia passado (51% já passou, 43% ainda virá), mas o número de casos tem crescido em muitos estados nos últimos dias. 

    Democratas continuam a ser o grupo que mais acredita que o pior está por vir (69%), mais do que independentes (48%) ou republicanos (20%), mas a mudança desde setembro vem mais da parte de republicanos. Na pesquisa do mês passado, só 11% dos republicanos diziam que o pior ainda viria, enquanto democratas (69%) e independentes (47%) se mantiveram estáveis. 

    Além da divisão na trajetória da pandemia do novo coronavírus no país, os americanos também estão longe de estarem unidos no nível de conforto em retornar às suas rotinas normais, no estado da economia e em sua vontade de tomar uma vacina para Covid-19 caso estivesse disponível. A preferência por um partido está no cerne de todas essas divisões.

    Ao todo, 50% dizem não estar confortáveis com o retorno às suas rotinas normais no momento, enquanto 49% dizem que estão. Entre democratas, 81% dizem estar desconfortáveis, enquanto entre republicanos, 82% dizem estar à vontade. 

    Cerca de um terço dos americanos (33%) dizem que a economia está começando a se recuperar da crise causada pela pandemia, a maior parcela desde o início das pesquisas da CNN em junho, mas a porcentagem é quase igual a dos americanos que dizem que a economia ainda está piorando (35%). Democratas e republicanos também estão de lados opostos aqui, com 65% dos republicanos dizendo que a economia está em recuperação e 58% dos democratas dizendo que está piorando. 

    E talvez, o mais preocupante, aumentou a divisão sobre tomar ou não uma vacina para Covid-19 se estivesse disponível a baixo custo. Ao todo, 51% dizem que tentariam ser vacinados, a menor porcentagem desde o início das pesquisas em maio. Enquanto a maior parte dos americanos dizem estar confiantes que os testes clínicos em andamento estejam equilibrando segurança e velocidade (61%), a pesquisa sugere um crescimento na divisão por partido sobre tomar ou não a vacina, conforme Trump incentiva um processo rápido para aprovação. 

    Em uma pesquisa de agosto, apoiadores de Trump eram os maiores responsáveis pela mudança, com 51% dizendo que tomariam a vacina em maio mudando para 38% em agosto. A vontade de tomar a vacina continua quase a mesma, em 41%. No entanto, entre os apoiadores do candidato democrata Joe Biden, a grande maioria que dizia que se vacinaria de maio até agosto (79% eram favoráveis à vacina em maio, 74% em agosto), diminuiu para 60% que dizem que tomariam a vacina neste momento. 

    A pesquisa da CNN foi conduzida pela SSRS entre os dias 1º a 4 de outubro entre uma amostragem aleatória de 1.205 adultos por meio de ligações a números fixos e móveis. Os resultados tem margem de erro de 3,3 pontos percentuais para mais ou para menos. Para as questões acrescentadas em 2 de outubro, é de 4,2 pontos percentuais. 

    (Texto traduzido, leia o original em inglês).

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