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    Pesquisa aponta que maioria da população enxerga o mundo mais perigoso

    O levantamento feito pelo Ipsos ouviu pessoas de 28 países; 82% dos respondentes disseram que enxergam o mundo menos seguro do que antes. Brasil acompanha média global

    Iuri CorsiniLucas Janoneda CNN , Rio de Janeiro

    A percepção global é de que o mundo está mais perigoso do que estava no ano passado. No Brasil, 83% das pessoas têm essa percepção em relação à segurança. O número acompanha a média global (82%). Os dados fazem parte de uma pesquisa do Ipsos que avaliou cidadãos de 28 países sobre como enxergam as relações globais de suas nações e o que consideram as maiores ameaças ao planeta.

    A pesquisa ouviu 22 mil pessoas de 28 países. Margem de erro de três pontos percentuais. Entre 24 de setembro e 8 de outubro

    Dos países que enxergam o mundo mais perigoso que antes, a Colômbia lidera a lista com um índice de 91%. Logo em seguida aparecem o Peru (90%), Coréia do Sul (88%) e os Estados Unidos (85%). Já as menores taxas aparecem na China (68%), Alemanha, Malásia e Itália, todos com 77%.

    As principais ameaças apontadas na média global foram ser hackeado para espionagem ou fraude (75%), medo de uma grande epidemia (72%), temor de desastres naturais (69%), ataque nuclear ou químico (66%) e ataque terrorista (62%). No Brasil, a possibilidade de uma nova grande epidemia corresponde ao maior medo dos brasileiros (72%). Depois vem o temor de ser hackeado (71%) e o medo de desastres naturais (68%).

    Diante dos temores globais, a população em geral tem pouca confiança em seus governantes. Da população ouvida nos 28 países, apenas 53% acreditam que seus respectivos governos estão preparados para lidar com desastres naturais, 51% contra epidemias, 47% contra os ataques terroristas e 46% contra guerra com outros países e contra conflitos armados internos. O índice é ainda menor quando se trata de ameaça hacker, maior medo global. Somente 45% dos respondentes acham que seus governos estão aptos a enfrentar o problema.

    A pesquisa também quis saber como a população dos países que participaram do levantamento enxergam as soluções para o futuro e as relações entre as nações. Dos respondentes, 51% defendem que a saída para alguns dos problemas atuais está em mais investimentos bélicos. Para 83%, o planeta precisa de novos acordos globais e novas instituições internacionais, que devem ser comandados por países democráticos. No entanto, 61% das pessoas acreditam que uma nova guerra mundial será possível dentro dos próximos 25 anos.

    Em relação à economia, a maioria (79%) defende que o livre comércio é benéfico para suas regiões. Outro dado levantado mostra que, apesar de 78% acreditarem que seus países devem trabalhar em conjunto com outros, 75% dos respondentes acreditam que o país deve dedicar mais esforços internos do que externos.

    Por fim, a pesquisa também abordou sobre a percepção em relação à pandemia da Covid-19. Apenas 45% das pessoas acreditam que o vírus já foi controlado ou será em breve. O número é ainda menor no Brasil, já que apenas 40% dos respondentes compartilham desta visão.

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