Peru: após três meses presa por caso Odebrecht, Keiko Fujimori é libertada
Política é acusada de lavagem de dinheiro envolvendo valores que recebeu da construtora brasileira Odebrecht para as campanhas à presidência em 2011 e 2016
Após três meses presa por acusações de corrupção no caso Odebrecht, Keiko Fujimori foi libertada de uma prisão de Lima nesta segunda-feira (4 de maio). A filha do ex-presidente Alberto Fujimori e ela própria ex-candidata à presidência do país, conseguiu um recurso no tribunal de apelações após pagamento de US$ 200 mil.
Keiko, porém, cumprirá medidas restritivas enquanto as investigações prosseguem – como a proibição de conviver com seu marido, o americano Mark Vito Villanella, também investigado no mesmo caso.
A política deixou a prisão vestindo uma máscara e luvas de proteção contra o novo coronavírus e cumprimentou apoiadores. Momentos depois, ela postou um vídeo em suas redes sociais comentando o momento atual do mundo e pedindo “compaixão e humanidade”.
Después de salir del penal, no voy a hablar de mi familia, solo quiero pedir un poco más de compasión y humanidad. [VIDEO] => https://t.co/UZDH4kqZ2t
— Keiko Fujimori (@KeikoFujimori) May 5, 2020
De acordo com a ordem de libertação, Fujimori não pode deixar Lima sem autorização prévia e deve comparecer a cada 30 dias em um cartório judicial.
Os promotores acusaram Fujimori de lavagem de dinheiro envolvendo valores que recebeu da construtora brasileira Odebrecht para as campanhas à presidência em 2011 e 2016.
Em janeiro, um juiz ordenou a detenção de Fujimori enquanto os promotores continuavam sua investigação. Ela já havia passado 13 meses na prisão.
* Com Reuters