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    Pequim intensifica medidas após registro de novos infectados em mercado

    Depois de quase dois meses sem casos do novo coronavírus, capital chinesa registrou ao menos 51 casos desde a sexta-feira

    Pequim fechou o mercado de Xinfadi, considerado o maior mercado de alimentos da Ásia, após surto de Covid-19 ser identificado no local
    Pequim fechou o mercado de Xinfadi, considerado o maior mercado de alimentos da Ásia, após surto de Covid-19 ser identificado no local Foto: Reprodução/ Reuters

    Depois de semanas praticamente sem novos casos de infecção pelo novo coronavírus, Pequim diagnosticou dezenas de infectados nos últimos dias, todos ligados a um importante mercado atacadista de alimentos, aumentando a preocupação sobre o ressurgimento da doença.

    A capital chinesa tomou medidas para tentar conter o surto, incluindo o aumento dos testes. No domingo (14) à noite (horário local), Pequim ordenou que todas as empresas coloquem em isolamento preventivo, de 14 dias, funcionários que visitaram o mercado de Xinfadi ou entraram em contato com quem esteve no local.

    Uma rede de restaurantes que vendia um tradicional macarrão de Pequim fechou algumas lojas depois que dois funcionários testaram positivo para Covid-19.

    A cidade quase não registrou novos casos da doença, por cerca de dois meses, até que uma infecção foi relatada na sexta-feira (12). Desde então, o total de casos subiu para 51, incluindo oito relatados nas primeiras horas deste domingo.

    De acordo com a autoridade de saúde da cidade, o rastreamento de contatos mostrou que todas as pessoas infectadas haviam trabalhado ou feito compras no mercado de Xinfadi, considerado o maior mercado de alimentos da Ásia, ou tiveram contato com alguém que estave lá.

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    “Pequim entrou em um período extraordinário”, disse o porta-voz da cidade, Xu Hejian, em entrevista coletiva no domingo. O mercado foi fechado no sábado e o distrito onde ele está localizado foi colocado em isolamento.

    O surto de Pequim já se espalhou para a província de Liaoning, no nordeste do país, onde a autoridade de saúde disse que os dois novos casos confirmados no domingo eram de pessoas que tiveram contato próximo com casos confirmados em Pequim.

    Pelo menos 10 cidades chinesas, incluindo Harbin e Dalian, pediram aos moradores que não viajem para a capital ou que avisem às autoridades se estiveram recentemente em Pequim.

    Huaxiang, um bairro no mesmo distrito que o mercado de alimentos e que possui um dos maiores centros de carros usados da China, elevou seu nível de risco epidêmico para alto neste domingo, tornando-se o único bairro do país em alerta máximo. Esse status significa que não pode haver atividade econômica até que o surto seja controlado.

    No começo da tarde deste domingo, dez bairros em Pequim aumentaram seus níveis de risco de baixo para médio.

    Como outros países ao redor do mundo, a China está preocupada em impedir que uma segunda de Covid-19 onda surja depois de diminuir os bloqueios que atingiram sua economia no início do ano.