Pelo menos 40 palestinos morrem em ataque israelense a acampamento em Gaza, diz Hamas
Exército de Israel afirmou que tinha como alvo um centro de comando do grupo armado na Área Humanitária em Khan Younis
Pelo menos 40 palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense em um acampamento de tendas em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, disseram médicos e a mídia do Hamas nesta terça-feira (10), no horário local. O exército israelense disse que tinha como alvo um centro de comando do Hamas.
Moradores e médicos disseram que um acampamento de tendas na área de Al-Mawasi, que é designada como zona humanitária, foi atingido por pelo menos quatro mísseis. O serviço de emergência civil de Gaza afirmou que pelo menos 20 tendas pegaram fogo, e os mísseis causaram crateras de até nove metros de profundidade.
“Nossas equipes ainda estão retirando mártires e feridos da área-alvo. Parece um novo massacre israelense”, disse um oficial de emergência civil de Gaza.
O exército israelense disse que “atingiu terroristas significativos do Hamas que estavam operando dentro de um centro de comando e controle embutido na Área Humanitária em Khan Younis.”
“Os terroristas avançaram e realizaram ataques terroristas contra as tropas da IDF e o estado de Israel”, disse a declaração, referindo-se às Forças de Defesa de Israel.
Ambulâncias corriam de um lado para o outro da área para um hospital próximo, enquanto jatos israelenses ainda podiam ser ouvidos no alto, disseram os moradores.
Quase todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram forçados a deixar suas casas pelo menos uma vez, e alguns tiveram que fugir até 10 vezes.
A guerra foi desencadeada em 7 de outubro quando o Hamas, um grupo armado que controlava Gaza, atacou Israel, matando 1.200 e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com as contagens israelenses. O ataque subsequente de Israel a Gaza matou mais de 40.900 palestinos, de acordo com o ministério da saúde do enclave.
Os dois lados em guerra culpam o outro pelo fracasso até agora em chegar a um cessar-fogo que encerraria a luta e libertaria os reféns.