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    Partido confirma Andrea González Náder como candidata no Equador após assassinato de Villavicencio

    Movimiento Construye escolheu companheira de chapa do político para ocupar a posição

    Marlon Sortoda CNN

    O partido Movimento Construye informou, em um comunicado neste sábado (12), que nomeou Andrea González Náder como candidata à Presidência do Equador, substituindo Fernando Villavicencio, assassinado na última quarta-feira (9).

    González Náder, que foi companheira de chapa de Villavicencio, foi “a pessoa escolhida por Fernando Villavicencio e pelo Movimento Construye para substituir o presidente em sua ausência”, explica o comunicado.

    O partido disse que será anunciado nas próximas horas o nome do candidato à vice-presidência e que ele virá “entre as pessoas de maior confiança e que compartilharam as lutas de nosso camarada Fernando Villavicencio”.

    As eleições antecipadas do Equador serão realizadas em 20 de agosto.

    O assassinato

    Villavicencio foi morto na noite desta quarta-feira (9) ao deixar um comício no Anderson College, na cidade de Quito, capital do Equador.

    Ele foi baleado várias vezes depois de já estar dentro do carro no qual sairia do local.

    Na semana passada, ele havia denunciado ameaças que vinha recebendo de uma facção criminosa, mas disse que se recusava a usar coletes à prova de balas em seus comícios.

    Após a morte de Villavicencio, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador [órgão eleitoral máximo do país] repudiou o crime e disse que tais de violência maculam o o pleito e da democracia.

    O presidente do Equador, Guillermo Lasso, também lamentou a morte: “Indignado e chocado com o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio. Minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, garanto-vos que este crime não ficará impune”.

    VÍDEO – China e EUA condenam assassinato de político no Equador

    A eleição presidencial do Equador

    A eleição presidencial do Equador está marcada para ocorrer no domingo (20), de forma antecipada.

    A antecipação foi feita depois que o presidente Guillermo Lasso decretou a chamada “morte cruzada”, dissolução da Assembleia Nacional, reduzindo o tempo de seu próprio mandato.

    Após assassinato, principais postulantes à Presidência do Equador se pronunciaram nas redes sociais, alguns informaram a suspensão de suas campanhas. Eles também lamentaram o ocorrido e pediram apuração do crime.

    Bem colocado na pesquisas

    Villavicencio, do El Movimiento Construye, era um dos principais candidatos à Presidência do Equador. Nas pesquisas de opinião, ele oscilava entre a segunda e a quinta colocação.

    As avaliações de tendências eleitorais do país são deficientes em comparação a de outros países da América do Sul como Argentina, Uruguai e Brasil, que possuem institutos com maiores índices de acerto.

    Em junho, segundo o Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica (Celag), Villavicencio estava em quarto lugar, com 8% das intenções de voto, atrás de Luisa González, do partido Revolução Cidadã (30%); Otto Sonnenholzner, da aliança “Vamos Agir” (13%); e Yaku Pérez, da coligação “Claro que é possível” (11%).

    Em 20 de julho, a Cedatos, empresa de pesquisa aprovada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador, apontou que Villavicencio estava em segundo, com 13,2%, atrás apenas de Gonzáles (26,6%) e à frente de Pérez (12,5%) e Sonnenholzner (7,5%).

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