Paródia do Nobel ‘homenageia’ Trump, Bolsonaro e Johnson por combate à Covid-19
Ig Nobel, que premia experimentos científicos pouco ortodoxos, é organizado desde 1991 para parodiar os prêmios Nobel mais consagrados
Os presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos, assim como o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, foram “premiados” com o Ig Nobel na categoria ‘Educação Médica’.
Segunda a premiação, a postura dos líderes em relação à pandemia de novo coronavírus mostraram ao mundo que “os políticos podem ter um efeito mais imediato sobre vida e morte do que os cientistas e médicos”.
O Ig Nobel, que premia experimentos científicos pouco ortodoxos, é organizado desde 1991 para parodiar os prêmios Nobel mais consagrados. A cerimônia deste ano, que aconteceu na última quinta-feira (17), foi transmitida remotamente devido às medidas de isolamento social.
“Os Prêmios Ig Nobel homenageiam conquistas que fazem as pessoas rir e depois pensar”, escreveram os organizadores da premiação.
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Outras premiações
Um experimento envolvendo uma caixa cheia de gás e um crocodilo rendeu o prêmio a um grupo de cientistas da Áustria e do Japão. O troféu foi concedido aos pesquisadores que fizeram o animal gritar enquanto estava dentro de um recipiente repleto do hélio.
O estudo tentava descobrir se as comunicações vocais dos crocodilos estão relacionadas ao tamanho de seu corpo — mas foi sua metodologia, e não sua hipótese, que chamou a atenção do comitê de premiação.
O prêmio de Economia foi para uma equipe internacional de especialistas que tentaram quantificar a relação entre a desigualdade econômica dos diferentes países e a quantidade média de beijos na boca.
Outro experimento, que descobriu que narcisistas podem ser identificados por suas sobrancelhas, também foi homenageado.
Enquanto isso, o pesquisador americano Richard Vetter ganhou o prêmio de entomologia por coletar evidências de que muitos entomologistas (cientistas que estudam insetos) têm medo de aranhas, que são aracnídeos e não insetos.
Uma equipe holandesa-belga ganhou o prêmio de medicina por diagnosticar uma condição médica há muito não reconhecida: misofonia, a dor ao ouvir outras pessoas fazendo sons de mastigação.
*sob supervisão de Giovanna Bronze