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    Papa pede ao Hamas que liberte reféns e diz que Israel tem “direito de se defender”

    Declaração sobre Israel ocorre após pressão de autoridades do país de maioria judia para que o vaticano condenasse os ataques do Hamas

    Philip PullellaAlvise Armellinida Reuters

    O papa Francisco, em sua fala mais forte desde o início do conflito em Gaza, pediu nesta quarta-feira (11) a libertação de todos os reféns feitos por militantes do Hamas e disse que Israel tem o “direito de se defender”.

    Falando com tom sério no fim de sua aparição semanal para milhares de pessoas na Praça de São Pedro, ele também expressou grande preocupação com o cerco imposto por Israel a Gaza.

    “Continuo acompanhando, com dor e apreensão, o que está acontecendo em Israel e na Palestina. Tantas pessoas mortas e outras feridas. Oro pelas famílias que viram um dia de festa se transformar em um dia de luto, e peço que os reféns sejam imediatamente libertados”, disse.

    “É direito daqueles que são atacados se defenderem, mas estou muito preocupado com o cerco total em que os palestinos vivem em Gaza, onde também houve muitas vítimas inocentes.”

    No sábado (7), homens armados do Hamas, vindos da Faixa de Gaza, atacaram partes do sul de Israel, no ataque mais mortal da história de Israel.

    Os militares israelenses disseram que o número de mortos em Israel havia chegado a 1.200 nesta quarta-feira e que mais de 2.700 pessoas ficaram feridas.

    A menção do papa ao direito de autodefesa ocorreu após pressão diplomática de Israel para que ele fizesse tal declaração. Anteriormente, os comentários do papa e de autoridades do Vaticano sobre o conflito foram considerados tímidos pelas autoridades israelenses.

    O embaixador de Israel no Vaticano, Raphael Schutz, disse à Reuters durante uma conferência em Roma na segunda-feira: “Entendo que o Vaticano quer a paz. Todos nós queremos a paz. Mas eu gostaria de ouvir palavras mais fortes sobre o direito de Israel de se defender.”

    Em seus comentários nesta quarta-feira, o papa afirmou que “o terrorismo e o extremismo não ajudam a chegar a uma solução para o conflito entre israelenses e palestinos, mas alimentam o ódio, a violência, a vingança e causam sofrimento para ambos os lados”.

    O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 1.055 pessoas foram mortas e 5.184 ficaram feridas.

    “O Oriente Médio não precisa de guerra, mas de paz, uma paz construída com base na justiça, no diálogo e na coragem de ser fraterno”, disse Francisco.

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