Papa Francisco não faz leitura de sermão de Domingo de Ramos
Nas últimas semanas, o pontífice, de 87 anos, tem sofrido de bronquite e gripe
O Papa Francisco de última hora não leu o sermão durante a Missa de Domingo de Ramos para dezenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, mas continuou a presidir a cerimônia, leu a oração das 12h e foi conduzido pela multidão num papamóvel.
Nas últimas semanas, o Papa, de 87 anos, tem sofrido de bronquite e gripe e encarregou um assistente de ler os seus discursos, mas no domingo (24) o texto preparado não foi lido.
É muito raro um Papa faltar totalmente a uma homilia num acontecimento importante como o Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, um período intenso que conduz à Páscoa.
O Vaticano não deu qualquer explicação imediata para o motivo pelo qual o Papa faltou à homilia. A transmissão de televisão do Vaticano mostrou apenas a multidão durante alguns minutos, ao invés de um grande enquadramento do Papa.
Um locutor da Rádio Vaticano disse então que o Papa tinha decidido não ler o sermão. O Papa, vestido com vestes vermelhas, continuou a presidir, lendo partes da missa.
Cardeais, padres e bispos participaram desta cerimônia que comemora o que a Bíblia diz ter sido a entrada de Jesus em Jerusalém dias antes de ser traído, julgado e executado por crucificação.
Os clérigos, juntamente com os participantes de uma multidão estimada pela polícia do Vaticano em cerca de 60.000 pessoas, seguraram folhas de palmeira e ramos de oliveira durante a missa.
Francisco sofre de uma doença no joelho e há mais de um ano que preside às missas sentado próximo do altar, enquanto um cardeal age como celebrante principal.
Depois da missa, Francisco proferiu a sua mensagem semanal do Angelus dominical e a bênção a partir do altar e não da janela do Palácio Apostólico com vista para a praça. Este facto não é invulgar em ocasiões importantes.
Na oração, condenou o atentado que matou pelo menos 133 pessoas numa casa de shows perto de Moscou como um ato vil e desumano que ofende Deus.
Pediu novamente orações por todos os que sofrem com as guerras, mencionando a Ucrânia e Gaza.
No final da missa, Francisco foi conduzido à volta da praça num veículo aberto. Ele cenou e sorriu às pessoas na multidão e não aparentou qualquer dificuldade.
